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O Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, manteve a sua taxa de juros no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano nesta quarta-feira (13), na sua última reunião do ano.
💲 A decisão era esperada pelo mercado. Os juros americanos já haviam sido mantidos inalterados nas últimas duas reuniões do FOMC, o Comitê de Mercado Aberto dos Estados Unidos, em novembro e setembro.
O mercado estava mais atento, portanto, aos recados do Fed sobre os próximos passos da política monetária americana. E o que o Fed indicou neste sentido é de que os juros americanos podem sofrer até três cortes em 2024.
Segundo as novas projeções econômicas do Fed, 17 dos 19 membros do Fomc acreditam que a taxa de juros americana estará em um patamar mais baixo que o atual ao final de 2024. A maior parte (11 dos 19 membros) prevê uma taxa no intervalo entre 4,5% e 5%.
📉 Em entrevista após o anúncio dos juros, o presidente do Fed, Jerome Powell, admitiu que a discussão sobre o momento de corte das taxas de juros foi parte da reunião desta quarta-feira (13) e continuará na mira do Fomc. "Este será um tema para nós, olhando para o futuro", afirmou.
Segundo Powell, o Fomc acredita que "está no pico ou perto do pico" do ciclo de alta dos juros. Contudo, acha que não é hora de "declarar vitória" contra a inflação. Por isso, ainda não descartou a possibilidade de uma nova alta dos juros.
🗣️ O presidente do Fed afirmou que a possibilidade de um ajuste adicional dos juros continua na mesa porque ainda há incertezas sobre o rumo da economia e dos preços. "Há riscos de que a economia não se comporte como o esperado. Fez isso de maneira repetida após a pandemia", comentou.
Powell declarou, então, que o Fed continuará agindo de maneira cautelosa, decidindo o rumo dos juros reunião por reunião, de acordo com a totalidade das informações disponíveis no momento. A próxima reunião do Fomc será nos dias 30 e 31 de janeiro de 2024.
A taxa de juros americana está no maior patamar desde 2001, com o objetivo de tentar levar a inflação americana de volta à meta anual de 2%. Segundo dados publicados na terça-feira (12), o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) dos Estados Unidos subiu 0,1% em novembro e acumula alta de 3,1% em 12 meses. Já o núcleo da inflação avançou 0,3% no mês, alcançando 4% na leitura anual.
🪙 Para o Fed, a "inflação diminuiu ao longo do ano passado, mas permanece elevada". O banco central americano ainda notou uma desaceleração no ritmo de crescimento econômico e na criação de empregos. Por outro lado, ressaltou que os dados de emprego continuam fortes e que a taxa de desemprego segue baixa.
Ao comunicar a decisão desta quarta-feira (14), o Fed também ressaltou que "permanece muito atento aos riscos de inflação" e que "estaria preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir a consecução dos objetivos do Comitê". Isto é, da meta de inflação anual de 2% e emprego máximo.
📃 O Fed continuará monitorando os dados econômicos para avaliar a posição apropriada da política monetária.
"Ao determinar a extensão de qualquer reforço adicional da política que possa ser apropriado para levar a inflação à meta de 2%, o Comitê vai levar em conta o aperto cumulativo da política monetária, os defasamentos com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação, e os efeitos econômicos e financeiros", diz o comunicado.
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