EUA suspendem restrições a softwares de design em trégua comercial com a China

Nas tratativas comerciais em maio, em Genebra, a China se comprometeu a eliminar as contramedidas não tarifárias adotadas contra os americanos.

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Publicado em 03/07/2025 às 09:16h - Atualizado 4 minutos atrás Publicado em 03/07/2025 às 09:16h Atualizado 4 minutos atrás por Elanny Vlaxio
Na última sexta-feira (27), os EUA e a China chegaram a um acordo (Imagem: Shutterstock)

Os Estados Unidos suspenderam as restrições às exportações de softwares de design de chips e produtos de etano. As gigantes do setor Synopsys, Cadence Design Systems e Siemens informaram, na última quarta-feira (02), que restabeleceram o acesso de clientes chineses às suas soluções e tecnologias de automação de design eletrônico.

Entre as várias contramedidas adotadas pelo governo Trump em abril, estiveram as restrições a desenvolvedores de software EDA e a produtores de etano, uma resposta à decisão da China de suspender as exportações de terras raras e ímãs. A medida de Pequim envolvendo as terras raras afetou diretamente as cadeias de fornecimento de montadoras, indústrias aeroespaciais, fabricantes de semicondutores e contratadas do setor militar.

Na última sexta-feira (27), os EUA e a China chegaram a um acordo para acelerar o envio de terras raras produzidas no país asiático. O Ministério do Comércio da China informou que os dois países “confirmaram os detalhes” da estrutura do acordo. Com isso, a China avaliará e autorizará as exportações de produtos controlados “de acordo com a legislação”.

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Nas tratativas comerciais entre EUA e China em maio, em Genebra, a China se comprometeu a eliminar as contramedidas não tarifárias adotadas contra os americanos desde 2 de abril. O comunicado acontece enquanto Trump busca firmar acordos comerciais com parceiros antes do prazo de 9 de julho, quando tarifas “recíprocas” de até 50% podem ser reativadas.

Até o momento, apenas o Reino Unido fechou acordo com os EUA. Os EUA concordaram em manter a tarifa adicional mais baixo de 10% sobre produtos britânicos e o Reino Unido reduziu para 2% a tarifa sobre produtos americanos. Embora o Reino Unido tenha conseguido escapar das tarifas de até 50% aplicadas pelos EUA a outros países, ainda corre o risco de ser atingido por essas medidas a partir de 9 de julho, caso não seja celebrado um acordo.

No caso chinês, as tarifas foram provisoriamente reduzidas a 10%, mas segue em vigor uma sobretaxa de 20% sobre todos os produtos, em função do impasse envolvendo o fentanil. Os 55% apontados por Trump resultam da junção de uma tarifa universal de 10% sobre todos os países, 20% ligados a uma penalidade pelo tráfico de fentanil e cerca de 25% referentes a tarifas criadas no 1º mandato de Trump.