ETFs Irlandeses: Quais as vantagens e desvantagens de investir nos ativos?

Os ETFs Irlandeses são fundos regulados pela União Europeia e tem como um dos benefícios uma menor tributação.

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Publicado em 06/12/2025 às 07:00h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 06/12/2025 às 07:00h Atualizado 1 minuto atrás por Elanny Vlaxio
(Imagem: Shutterstock)
(Imagem: Shutterstock)
Cada vez mais, os ETFs Irlandeses entram no radar dos brasileiros que querem investir globalmente com mais eficiência tributária e proteção patrimonial. 
🤑 Longe dos holofotes do grande público, esses fundos já despontam como uma alternativa poderosa para quem mira o futuro e aposta no longo prazo. 
Para entender as vantagens e desvantagens desses ativos, o Investidor10 conversou com especialistas.

Veja as vantagens 

💰 Segundo Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, um dos grandes chamarizes dos ETFs irlandeses está na eficiência fiscal. Isso acontece porque, por meio de um acordo entre a Irlanda e os Estados Unidos, o imposto retido na fonte sobre dividendos de empresas americanas cai de 30% para 15%. Além disso, Lima destaca vantagens como:
  • Boa liquidez;
  • Acesso diversificado a mercados globais;
  • Regulamentação europeia robusta (padrão UCITS);
  • Possibilidade de escolher ETFs acumuladores ou distribuidores.
Já Jeff Patzlaff, planejador financeiro e especialista em investimentos, ressalta o caráter sofisticado da estratégia para quem busca acumulação de longo prazo e proteção patrimonial.
Ele lembra que a maioria dos ETFs irlandeses reinveste automaticamente os dividendos, o que hoje traz vantagens sob a legislação brasileira: “Se você não recebe dividendos na conta, não paga o imposto anual de 15%. Você só pagará imposto no ganho de capital na venda do ETF, permitindo que os juros compostos trabalhem com força total.”

E as desvantagens 

👎 O economista e especialista em investimentos, Antonio Pavesi, reforça as vantagens sucessórias dos ETFs irlandeses, mas também alerta para as desvantanges, sendo elas:
  • Liquidez menor;
  • Taxas de administração um pouco mais altas;
  • Possível dupla tributação se houver distribuição de dividendos (15% Irlanda + IR no Brasil).
Na mesma ponta, o consultor financeiro Gabriel Eisner reforça que: “As taxas de administração são maiores do que as dos ETFs americanos, há limitação de horário de negociação pela Bolsa de Londres, menor liquidez e spreads mais amplos. Além disso, o investidor pode ter dificuldade em analisar os ativos dentro de cada fundo.”  
Eisner finaliza ainda acrescentando que o ideal é ter um acompanhamento profissional, já que a cesta de ativos pode ser extensa e exigir análise detalhada.