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O governo federal deu um prazo de três dias para que a Enel restabeleça o fornecimento de energia elétrica em São Paulo. De acordo com a empresa, cerca de 530 mil consumidores estão sem luz desde que um temporal atingiu o estado na sexta-feira (11).
💡 O prazo para retorno do serviço foi anunciado nesta segunda-feira (14) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após reunião com as distribuidoras de energia. Logo, pode se estender até a próxima quinta-feira (17).
"Eu disse [à Enel] que tem os próximos três dias para resolver os problemas de maior volume. Ou seja, só vai poder, ao final dos três dias, apresentar, se necessário, questões pontuais, de locais onde não consegue ter acesso", avisou.
Na avaliação de Silveira, a Enel cometeu um "grave erro de comunicação" e um "grave erro com o seu compromisso contratual com a cidade de São Paulo de não dar uma previsão objetiva" para o retorno das atividades. O ministro, no entanto, não deixou claro se a distribuidora ficará sujeita a alguma punição caso não cumpra esse prazo de três dias.
O governo federal ainda entrou em contato com outras distribuidoras de energia para ampliar o número de funcionários e equipes técnicas disponíveis para apoiar os serviços de reativação da energia. Ele explicou que, pela importância de São Paulo, o problema pode ter impacto no setor de distribuição do país.
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Mais de 2,1 milhões de pessoas ficaram sem luz em São Paulo depois que um temporal, com ventos de 107 km/h, atingiu o estado na noite de sexta-feira (11). Segundo a Enel, o serviço foi normalizado para cerca de 1,5 milhão de consumidores. Porém, cerca de 530 mil pessoas continuavam sem luz na manhã desta segunda-feira (14).
Entre os consumidores ainda afetados pelo apagão, cerca de 354 mil estão na capital paulista. Os municípios de Cotia (36,9 mil), Taboão da Serra (32,7 mil) e São Bernardo do Campos (28,1 mil) também figuram entre os mais afetados.
A Enel não foi o único alvo das críticas de Alexandre Silveira nesta segunda-feira (14). O ministro também criticou o posicionamento do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) no apagão.
Silveira chamou de "fake news" falas de Nunes de que o governo federal estaria discutindo a renovação do contrato de concessão da Enel.
Além disso, afirmou que mais de 50% dos cortes de luz foram causados por causa de árvores que caíram em cima de fios de transmissão de energia e lembrou que cuidar de questões urbanísticas como essa é de responsabilidade da prefeitura.
O ministro disse, então, que levaria essa questão ao governo federal. Ele defendeu que os "municípios que não cuidam da sua prerrogativa de cuidar da questão urbanística têm que dar ao menos liberdade para o setor de distribuição [fazer]".
Silveira ainda afirmou que a responsabilidade de fiscalização da Aneel "não está sendo cumprida à altura" e revelou que o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa Neto, foi convocado para discutir o problema de São Paulo, mas não atendeu ao pedido.
O ministro lembrou que o governo não pode trocar os diretores de agências regulatórias a qualquer tempo, já que a Lei das Agências Reguladoras estabelece mandatos para esses cargos, e disparou: "Os diretores foram indicados pelo governo anterior e todos têm padrinhos. Ficamos a mercê da vontade deles de cumprir sua obrigação".
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