Enel: Prefeito de SP pede fim de contrato de concessão de energia

Pedido foi apresentado à Aneel, depois de São Paulo sofrer dois apagões em menos de 15 dias

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Publicado em 16/11/2023 às 18:16h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 16/11/2023 às 18:16h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
São Paulo voltou a ficar sem luz na quarta-feira, depois de fortes chuvas (Shutterstock)

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse nesta quinta-feira (16) que pediu o cancelamento do contrato de concessão de energia elétrica da Enel (E1NI34). O pedido foi apresentado à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) depois dos apagões em São Paulo.

"São Paulo precisa de concessionários que respeitem nossa cidade e nossa população. Vou até o fim nessa luta", escreveu Ricardo Nunes, na sua página no Twitter. "Não tem mais condições de a Enel permanecer aqui em São Paulo. É inaceitável ter uma empresa como essa, que não tem um pingo de respeito com a população e deixou as pessoas sem energia quase uma semana", acrescentou o prefeito, em entrevista.

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Responsável pelo fornecimento da energia elétrica na capital e em mais 23 municípios do Estado de São Paulo, a Enel demorou cerca de uma semana para restabelecer o serviço em alguns locais do Estado depois do apagão de 3 de novembro. Nesta quarta-feira (15), cerca de 290 mil domicílios voltaram a ficar sem luz depois de fortes chuvas e 22% deles continuavam no escuro na manhã desta sexta-feira (16), segundo a Enel.

Ricardo Nunes disse, contudo, que decidiu solicitar o fim do contrato com a Enel antes mesmo do novo apagão. A decisão foi tomada na segunda-feira (13), em reunião com diretores da Aneel, prefeitos de cidades atendidas pela Enel e o governador Tarcísio de Freitas. O pedido, contudo, abrange apenas a cidade de São Paulo.

Segundo o prefeito, os problemas com a concessionária não se limitam aos episódios de interrupção do fornecimento de energia. Nunes disse que cinco UBS (Unidades Básicas de Saúde) e um conjunto habitacional estão prontos para serem inaugurados, mas ainda não foram entregues à população porque a Enel ainda não ligou a energia elétrica.

"Eu já vinha há muito tempo discutindo com a Enel. [...] É muito preocupante. Precisa melhorar bastante", queixou-se Ricardo Nunes.