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📈 Na noite de domingo, 1º de setembro, os cinco principais candidatos à prefeitura de São Paulo se enfrentaram em mais um debate acalorado promovido pela TV Gazeta e o canal MyNews.
Com o primeiro turno das eleições se aproximando rapidamente, marcado para 6 de outubro, o encontro foi marcado por ataques pessoais e acusações ferozes, deixando a desejar em termos de propostas concretas para a maior cidade do Brasil.
Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB), Pablo Marçal(PRTB), José Luiz Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB) protagonizaram momentos de alta tensão, onde insultos e confrontos diretos tomaram o lugar de discussões produtivas sobre o futuro de São Paulo.
Logo no início do debate, ficou evidente que o clima seria novamente de animosidade.
Desde o início da campanha, os encontros entre os candidatos têm sido marcados por trocas de farpas e ataques pessoais, e este último não foi exceção.
O mediador do debate, a jornalista Denise Campos de Toledo, teve trabalho para controlar o ambiente, que rapidamente se tornou um campo de batalha verbal.
O prefeito Ricardo Nunes, candidato à reeleição, e Pablo Marçal, que vem ganhando tração nas pesquisas, foram os principais alvos dos ataques.
O debate começou com uma troca direta de acusações entre Nunes e Boulos. Nunes acusou Boulos de ser um "invasor", uma referência direta às ocupações lideradas pelo candidato do PSOL.
Boulos, por sua vez, retrucou chamando Nunes de "ladrãozinho de creche", referindo-se a supostos escândalos envolvendo a administração de Nunes.
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O momento mais tenso da noite ocorreu quando José Luiz Datena se levantou de seu púlpito e avançou na direção de Pablo Marçal, que provocava o candidato do PSDB.
Marçal, conhecido por seu estilo agressivo, chamou Datena de "playboy" e "multimilionário", sugerindo que ele fingia ser mais popular do que realmente é.
Datena não deixou barato e rebateu acusando Marçal de ser um "estelionatário de internet" e um "mentiroso contumaz".
A situação ficou tão tensa que Denise Campos de Toledo precisou intervir, chamando a segurança da emissora para evitar que o confronto se tornasse físico.
O debate foi interrompido para um intervalo comercial, durante o qual o clima foi temporariamente apaziguado, mas a tensão continuou a pairar no ar.
Tabata Amaral, candidata do PSB, também direcionou suas críticas principalmente a Pablo Marçal.
A deputada federal acusou Marçal de utilizar financiamento irregular para impulsionar suas novas contas nas redes sociais, criadas após a suspensão inicial de seus perfis por ordem judicial.
Tabata chegou a comparar Marçal ao notório traficante colombiano Pablo Escobar, sugerindo que o nome do candidato poderia ser uma "pista de Deus" sobre sua verdadeira natureza.
Além disso, Tabata associou Marçal ao crime organizado, mencionando supostas conexões entre membros de sua campanha e a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
As acusações foram feitas sem apresentar provas concretas, mas Tabata prometeu entrar com um novo processo na Justiça Eleitoral para investigar a situação.
📊 Apesar dos esforços dos organizadores para endurecer as regras do debate e evitar comportamentos agressivos, os candidatos continuaram a utilizar o espaço para ataques pessoais e provocações.
A TV Gazeta e o canal MyNews haviam imposto regras mais rígidas, incluindo a possível expulsão de candidatos que violassem as normas de conduta, mas nenhum deles foi de fato excluído do programa.
Para minimizar os conflitos, o debate foi realizado sem a presença de plateia, e cada candidato pôde levar apenas dois assessores ao estúdio.
Contudo, essas medidas não foram suficientes para conter os ânimos exaltados dos candidatos.
Com o próximo debate agendado para o dia 15 de setembro na TV Cultura, às 21h, e outros encontros programados pela RedeTV!/UOL, Folha de S.Paulo/UOL e TV Globo, os eleitores de São Paulo ainda têm algumas oportunidades para ouvir os candidatos antes de decidirem seu voto.
No entanto, se os próximos debates seguirem o padrão dos anteriores, com mais ataques pessoais do que discussões construtivas sobre políticas públicas, os eleitores podem acabar mais confusos do que esclarecidos.
A crescente polarização e a falta de propostas concretas nos debates têm levantado preocupações sobre o futuro da cidade.
São Paulo enfrenta desafios complexos, como transporte público, segurança, educação e saúde, que exigem discussões aprofundadas e soluções inovadoras.
No entanto, o foco constante em ataques pessoais impede que os candidatos abordem essas questões de forma significativa.
➡️ Confira as próximas datas:
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