Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
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Depois que o governo federal divulgou o pacote fiscal, o mercado reagiu de forma negativa ao anúncio. O ânimo do mercado fez o dólar comercial passar de R$ 6 nesta quinta-feira (28), registrando a maior cotação da história, segundo os monitores de câmbio.
💵 Há quem diga que a reação do mercado seja exagerada, enquanto outros sugerem que está na linha de um pacote abaixo do esperado.
O diretor de Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, destacou que o mercado não gostou, mas o pacote não é tão ruim como foi precificado nesta quinta. “O movimento é exagerado e deve permanecer nos próximos dias, mas não vai se sustentar no longo prazo”, pontua ele, em entrevista ao Money Times.
Para Felipe Reis, estrategista da EQI, porém, faltam muitos detalhes técnicos em relação às mudanças, o que traz a sensação de que o corte de gastos foi ofuscado pela isenção do IR. "Algumas estimativas apontam para uma perda de arrecadação de R$40 bilhões por ano aproximadamente, e a compensação desse montante sobre uma base pequena de contribuintes de alta renda será desafiadora", destacou ao Valor Investe.
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Ao longo da tarde, a moeda norte-americana tem apresentado recuos, mas não o suficiente para alcançar o patamar do fechamento da última quarta (27). Além disso, na comparação anual, o dólar registra uma desvalorização superior a 20% só em 2024.
Além do dólar, os juros futuros também apresentaram forte aceleração depois do pacote fiscal. Durante a tarde, os contratos para janeiro de 2027 são negociados já próximos de 14% ao ano, enquanto para 2029 performam acima de 13,8% ao ano, de acordo com os monitores do mercado de derivativos.
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Renda fixa em dólar pode ganhar mais fôlego com juros futuros em alta. Aqui no Brasil, a preferência é por títulos pós-fixados