Depois de captar US$ 5 bi, Brasil volta a recorrer à renda fixa em dólar

Estado vai remunerar investidores entre 5% e 7%, a depender do vencimento de cada papel.

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Publicado em 02/09/2025 às 18:42h - Atualizado 9 horas atrás Publicado em 02/09/2025 às 18:42h Atualizado 9 horas atrás por Wesley Santana

O Tesouro Nacional informou, nesta terça-feira (2), que vai voltar a vender títulos públicos no mercado internacional. Os certificados soberanos, que são parte da renda fixa, serão disponibilizados com prazo de entre 5 e 30 anos, com vencimento inicial em 2030.

O governo também afirmou que deve lançar um novo modelo, este com prazo de 30 anos, portanto, marcado para 2056. Nesta versão, os compradores terão a possibilidade de trocar ou recomprar os papéis no mercado secundário.

“O objetivo da operação é dar continuidade à estratégia do Tesouro Nacional de promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, provendo referência para o setor corporativo e antecipando o refinanciamento de vencimentos em moeda estrangeira”, disse nota do Tesouro.

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Para executar essas operações, o Tesouro selecionou bancos nacionais e estrangeiros: Bank of America, Itaú BBA USA e JP Morgan. Todas as emissões serão precificadas no final do dia.

Essa é a terceira vez que o governo brasileiro emite títulos soberanos neste ano. As duas operações anteriores, ambas no primeiro semestre, possibilitaram uma captação de US$ 5,2 bilhões em recursos para os cofres públicos.

A direção do Tesouro já havia sinalizado o retorno das emissões, depois que as operações foram consideradas bem-sucedidas. Tanto a captação de recursos quanto o pagamento são feitos com base na curva do dólar.

O governo adiantou, ainda, que pode recomprar os títulos antes do vencimento. Dessa forma, os investidores serão remunerados com base no tempo em que mantiverem o ativo na carteira.

Veja as taxas anunciadas pelo governo:

  • Global 2037 | Cupom: 7,125% | Estoque: US$ 1,6 bi
  • Global 2041 | Cupom: 5,625% | Estoque: US$ 2,2 bi
  • Global 2045 | Cupom: 5,000% | Estoque: US$ 3,2 bi
  • Global 2047 | Cupom: 5,625% | Estoque: US$ 2,7 bi
  • Global 2050 | Cupom: 4,750% | Estoque: US$ 4,0 bi
  • Global 2054 | Cupom: 7,125% | Estoque: US$ 2,2 bi