Depois de muito tempo fora dos holofotes, o empresário Eike Batista voltou a ganhar repercussão nesta semana. Ele conseguiu atrair mais de US$ 500 milhões em investimentos para um projeto de “supercana” apoiado em um token digital.
🪙 O anúncio foi feito no Rio de Janeiro, onde o grupo Brasilinvest, do empresário Mário Garnero, firmou um acordo de aportar o montante no projeto idealizado por Batista. Além deste, os fundos Abu Dhabi Investment e General France também fazem parte do acordo.
O projeto de Eike é encabeçado pela BRXe que prevê transformar 70 mil hectares de terra para a produção de canas-de-açúcar geneticamente modificadas. Essas plantas seriam capazes de produzir até três vezes mais etanol que os modelos comuns.
"A ‘super cana’ tem uma diferença básica em relação à cana convencional. A cana convencional tem como principal objetivo produzir açúcar, enquanto a ‘super cana’, além do objetivo do açúcar, foca na produção da biomassa. A quantidade extra da biomassa nos permite fazer embalagens para substituir o plástico. O projeto deve começar a gerar caixa em 2028“, destacou Luis Rubio, CEO da BRXe e sócio de Batista.
🤖 Leia mais: Ethereum (ETH): Qual o risco da 2ª maior criptomoeda após ataque hacker à Bybit?
O pipeline da proposta inclui um empreendimento com capacidade total para 1,08 bilhão de litros de etanol por ano, além de outros 537,6 milhões de combustível sustentável para a aviação.
“Vocês imaginem produzir até três vezes mais etanol por hectare e até 12 vezes mais bagaço dependendo do terroir. O Brasil é muito grande, tem áreas mais e menos secas, mas a produtividade mínima já é espetacular”, afirmou Batista, no jantar que foi feito em seu próprio restaurante, no bairro Lagoa.
Os investimentos foram captados por meio do lançamento da criptomoeda _ $EIKE que não teve seu valor de mercado detalhado durante a apresentação. O que se sabe é que ele foi criado com um mecanismo que bloqueia parte das negociações, o que obriga que os investidores iniciais mantenham o ativo por um tempo pré-determinado na carteira.
📈 Nascido em Minas Gerais, Eike Fuhrken Batista já foi considerado um dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna superior a US$ 30 bilhões. Ao todo, sua holding mantinha dezenas de empresas nos mais diversos setores econômicos, da mineração ao entretenimento.
No entanto, depois de prejuízos em seus negócios, a carteira do empresário só foi caindo com o passar dos anos. Em 2021, a Justiça decretou a falência da MMX, uma das empresas fundadas por Batista.
Ele ainda foi acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, tendo sido preso duas vezes no RJ. Atualmente, ele cumpre prisão domiciliar, conforme ordem da Justiça.
Maior criptomoeda do mundo se valorizou quase +2% no mês que se encerra, mas soma ganhos de +184% nos últimos 12 meses
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos para este ano
