David Lynch, diretor de Twin Peaks, morre aos 78 anos

Ele deixa duas filhas e dois filhos.

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Publicado em 16/01/2025 às 16:03h - Atualizado Agora Publicado em 16/01/2025 às 16:03h Atualizado Agora por Elanny Vlaxio
Ele nasceu em 20 de janeiro de 1946(Imagem: Shutterstock)

🌟 O cineasta David Lynch, conhecido por suas obras cinematográficas e televisivas de vanguarda, faleceu aos 78 anos nesta quinta-feira (16). Suas produções, como "Twin Peaks" e "Mulholland Drive", marcaram o cinema americano. Em 2024, Lynch divulgou seu diagnóstico de enfisema, devido ao tabagismo.

Por causa da sua condição de saúde, o cineasta teve dificuldade de continuar trabalhando em locações externas. A notícia de seu falecimento foi confirmada pela família em uma publicação no Facebook, onde escreveram: "Há um grande vazio no mundo agora que ele não está mais conosco. Mas, como ele diria, 'Fique de olho no donut e não no buraco'".

Nascido em 20 de janeiro de 1946, na cidade de Missoula, no estado de Montana, David Lynch teve uma infância marcada pela mobilidade. Filho de um cientista agrícola, sua família residiu em diversas regiões dos Estados Unidos, incluindo as planícies, o noroeste do Pacífico e o sudeste. Após uma vida nômade, a família se estabeleceu em Alexandria, Virgínia, onde Lynch concluiu o ensino médio. Lynch foi casado quatro vezes e teve duas filhas e dois filhos.

Prêmios e visita ao Brasil

Indicado ao Oscar em quatro oportunidades, Lynch foi laureado com um Oscar honorário em 2020, em reconhecimento à sua trajetória no cinema. Após anos dedicados à pintura e à criação de curtas-metragens animados e de ação ao vivo, Lynch despontou no cenário cinematográfico com seu primeiro longa-metragem, "Eraserhead", lançado em 1977.

🏆 Além do Oscar honorário, a trajetória de Lynch foi celebrada com um prêmio especial no Independent Spirit Awards de 2007, compartilhado com sua colaboradora frequente, Laura Dern. Em 2006, o cineasta recebeu o Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza.

Em 2008, o cineasta realizou sua primeira visita ao Brasil com o objetivo de promover a divulgação de seu livro intitulado "Em águas profundas – criatividade e meditação". “Um artista não precisa sofrer para mostrar sofrimento, ele só tem que entender o sofrimento. A intuição é o principal instrumento de um artista. Sou uma pessoa feliz por dentro, mas minhas histórias refletem o mundo real, e vivemos num mundo negativo”, disse o diretor.

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