Datafolha: 67% acham que Bolsonaro não deveria ser candidato em 2026

Apesar disso, Bolsonaro se apresentou como candidato em ato pró-anistia neste domingo (6).

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Publicado em 06/04/2025 às 16:58h - Atualizado 11 horas atrás Publicado em 06/04/2025 às 16:58h Atualizado 11 horas atrás por Marina Barbosa
Bolsonaro reuniu apoiadores em ato na Avenida Paulista neste domingo (Imagem: Shutterstock)

A maioria dos brasileiros acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria desistir de ser candidato nas eleições de 2026, segundo pesquisa Datafolha.

📊 Levantamento da Quaest também mostrou nesse fim de semana que 56% da população é contra a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2022, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília

Apesar disso, Bolsonaro continua se colocando como candidato para a disputa presidencial de 2026 e liderou um ato em prol da anistia aos envolvidos no 8 de janeiro na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (6).

Eleições de 2026

De acordo com pesquisa Datafolha, 67% dos brasileiros acham que Bolsonaro deveria abrir mão de sua candidatura e apoiar outro nome nas eleições presidenciais de 2026.

Outros 28% acreditam que Bolsonaro deveria tentar a reeleição, mesmo estando inelegível. Já os demais 5% não souberam opinar.

🧾 O Datafolha ouviu 3.052 pessoas com 16 anos ou mais, em 172 cidades brasileiras, entre a última terça (1º) e quinta-feira (3). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) é a candidata preferida dos que defendem um nome alternativo a Bolsonaro nas eleições de 2026. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o segundo mais lembrado.

Veja quem os brasileiros acham que Bolsonaro deveria apoiar nas eleições de 2026:

  • Michelle Bolsonaro: 23%;
  • Tarcísio de Freitas: 21%;
  • Eduardo Bolsonaro: 14%;
  • Pablo Marçal: 11%;
  • Ratinho Júnior: 7%;
  • Ronaldo Caiado: 4%;
  • Romeu Zema: 4%.

Ato na Paulista

Pesquisa Quaest mostrou também que só 34% dos brasileiros defendem a liberdade de quem foi preso por causa dos atos de 8 de janeiro de 2022.

Apesar disso, Bolsonaro liderou um ato em prol da anistia aos envolvidos no 8 de janeiro na Avenida Paulista neste domingo (6). Ao discursar no evento, ele disse que o movimento era pela anistia e pela liberdade de "pessoas de bem". 

🗣️ "Só psicopata para falar que aquilo que aconteceu no 8 de janeiro foi uma tentativa armada de golpe militar", reclamou, fazendo críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao governo Lula (PT).

Lembrando que o filho Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos, Bolsonaro também disse ter "esperança" de receber uma "ajuda de fora" para tratar do assunto.

O ex-presidente afirmou também que não vai desistir, nem fugir. Ele virou réu por tentativa de golpe de Estado no último dia 26 de março, por decisão da Primeira Turma do STF. Por isso, deve responder a uma ação penal.

Além disso, Bolsonaro defendeu a sua candidatura em 2026, assim como a contagem dos votos. "Eleições 2026 sem Jair Bolsonaro é negar a democracia, escancarar a ditadura no Brasil", afirmou.

No ato deste domingo (6), Bolsonaro foi acompanhado de Michelle Bolsonaro e aliados. Entre eles, sete governadores: Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Jorginho Melo (PL-SC), Romeu Zema (Novo-MG), Wilson Lima (União-AM), Mauro Mendes (União-MT), Ratinho Júnior (PSD-PR), Ronaldo Caiado (União-GO).