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A Receita Federal (RF) suspendeu a publicação dos dados abertos sobre a movimentação mensal de criptoativos no Brasil. Os dados eram os únicos considerados oficiais sobre o mercado cripto no País.
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Conforme definido pela Instrução Normativa RFB nº 1.888, de 03 de maio de 2019, em agosto de 2019, pessoas físicas, pessoas jurídicas e corretoras que realizam operações com criptoativos, conhecidas como exchanges, passaram a prestar informações à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB).
Segundou informou a Receita Federal, o processo tecnológico de disponibilização dos dados de criptoativos "passa por revisão". A RF destacou que assim que for concluído o processo, os dados a partir de agosto de 2023 serão divulgados.
A última divulgação feita pela Receita Federal sobre dados cripto foi em setembro deste ano. Tais dados eram sobre as movimentações de julho deste ano.
O bitcoin, criptomoeda com maior valor de mercado, foi substituído pelas chamadas "criptos de dólar", no Brasil. O tether (USDT), ativo pareado ao dólar, por exemplo, ganhou bastante força entre os investidores brasileiros de cripto, nos últimos meses.
De acordo com o último relatório da RF sobre criptomoedas, referente ao mês de julhos, as duas principais stablecoins do mundo (USDT e USDC) movimentaram 86% do volume total transacionado no mês em questão. O valor foi de R$ 18,8 bilhões.
Desse montante, R$ 15,4 bilhões foi movimentado em USDT, o que corresponde a 82% do volume total do período. Foram pouco mais de 232 mil operações, com um valor médio de R$ 66 mil, para movimentar a quantia bilionária.
O bitcoin, por sua vez, movimentou R$ 737,5 milhões, o que representa 4% do volume total de julho. Foram 841 mil operações declaradas por investidores à Receita Federal.
Ao final de outubro, a RF informou que "detectou crescimento vertiginoso na movimentação de stablecoins.
A nota diz que, “no conjunto das stablecoins, ganha destaque a criptomoeda chamada Tether, que no período observado [desde 2019] pelo fisco foi negociada em patamar acumulado superior a R$ 271 bilhões, quase o dobro do volume do bitcoin no mesmo período (mais de R$ 151 bilhões)”.
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