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🌳 Um estudo publicado na revista Nature mostrou que créditos de carbono florestais são os mais eficazes para o combate às mudanças climáticas.
O levantamento ouviu especialistas de 11 instituições educacionais e ponderou que essa é a atividade que mais tem respaldo científico na academia. Segundo os profissionais, conservar florestas tropicais, caso da Amazônia, tem maior poder de redução e remoção de gás carbônico da atmosfera.
“Há uma enorme proliferação de soluções climáticas baseadas na natureza, e muitas delas já têm protocolos para a geração de créditos de carbono”, disse Doria Gordon, pesquisadora-sênior do EDF, em entrevista ao site Reset. “Em vários casos a ciência ainda não é conclusiva”, continua.
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No estudo científico, a preservação de corais foi considerada a atividade de menor impacto ambiental, assim como restauro de culturas agrícolas e de áreas pantaneiras. Os cientistas destacam que há poucas evidências sobre o real benefício disso para o meio ambiente em grande escala.
Segundo dados da consultoria Systemica e divulgados pelo jornal Valor, desde o começo de 2024, já foram emitidos o equivalente a 91 toneladas de crédito de carbono no Brasil. No geral, esses créditos são negociados por US$ 3,40 cada no mercado internacional, valor que permanece estável desde o ano passado.
O Brasil tem o maior mercado de carbono na América do Sul, seguido da Colômbia, Peru, Chile e Argentina. O país se destaca pelos contratos REDD+, já que, entre janeiro e março, emitiu o equivalente a 10,6 milhões de toneladas de créditos.
Embora tenha ocorrido esse aumento, fontes destacam que o resultado poderia ser ainda maior sem os riscos reputacionais que permeiam a cadeia de carbono, com empresas que simulam a atividade. Por isso, parte do setor pede por uma entidade que fiscalize e, eventualmente, regularmente este setor no país.
No final do ano passado, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que regula essa atuação, em uma legislação que foi relatado pelo deputado Aliel Machado (PV-RR).
O texto vincula essa atividade ao Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que será desenvolvido em cinco fases ao longo de seis anos. O projeto ainda depende de aval do Senado e de sanção do presidente da República.
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