Cosan (CSAN3) faz nova manobra e vende ações da Rumo (RAIL3)

Na prática, a Cosan vende as ações para captar recursos imediatos, mas contrata derivativos que mantêm sua exposição econômica aos papéis.

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Publicado em 22/12/2025 às 19:18h - Atualizado 7 horas atrás Publicado em 22/12/2025 às 19:18h Atualizado 7 horas atrás por Matheus Silva
Esta é a segunda movimentação do tipo em um curto espaço de tempo (Imagem: Divulgação)
Esta é a segunda movimentação do tipo em um curto espaço de tempo (Imagem: Divulgação)
🚨 A Cosan (CSAN3) segue firme em sua estratégia de reorganização financeira para enfrentar um cenário de alta alavancagem.
A holding informou, nesta segunda-feira (22), que realizou a venda de aproximadamente 4,96% do capital social da Rumo (RAIL3)
Esta é a segunda movimentação do tipo em um curto espaço de tempo, já que na última segunda (15) a empresa havia anunciado uma venda similar de 4,98%.
A operação foi estruturada por meio de instrumentos financeiros conhecidos como TRS (Total Return Swap). Na prática, a Cosan vende as ações para captar recursos imediatos, mas contrata derivativos que mantêm sua exposição econômica aos papéis. 
Isso significa que, embora a posse direta das ações tenha diminuído, o grupo ainda se beneficia ou se prejudica com a oscilação das cotações da companhia ferroviária.

Gestão de caixa e manutenção de direitos

De acordo com o fato relevante, a manobra está totalmente alinhada à estratégia de gestão de liquidez da holding. Um ponto importante para o investidor é que essa venda não altera os direitos políticos e econômicos da Cosan dentro da Rumo. 
A participação total do grupo na gigante da logística permanece em 30,27%, sendo 20,33% de forma direta e 9,94% via derivativos.
Essa busca por fôlego financeiro acontece em um momento delicado. No terceiro trimestre de 2025, a Cosan registrou um prejuízo líquido de aproximadamente R$ 1,2 bilhão, revertendo o lucro de R$ 293 milhões observado no mesmo período de 2024.
O resultado negativo foi influenciado pelo custo crescente da dívida e por um desempenho abaixo do esperado de suas empresas controladas.
📊O endividamento é a principal pedra no sapato da holding atualmente. A relação entre a dívida líquida e o Ebitda fechou o último trimestre em 3,7 vezes, um aumento em comparação ao período anterior.