Copel (CPLE6) unifica ações e inicia caminho ao Novo Mercado da B3
Com a unificação, a companhia passa a ter apenas ações ordinárias, alinhando-se às exigências do Novo Mercado.
A Copel (CPLE6) passará a ter apenas ações ordinárias, para garantir a sua entrada no Novo Mercado da B3. Por isso, vai reembolsar os acionistas que preferirem deixar a empresa diante desse cenário.
💡 A unificação das classes de ações foi aprovada por mais de 99% dos acionistas que participaram da assembleia realizada pela empresa na última sexta-feira (22).
Ainda assim, a Copel abriu nesta terça-feira (26) o prazo para que os acionistas que discordam do movimento exerçam o seu direito de retirada. O prazo vai até 24 de setembro, inclusive.
O direito de recesso pode ser exercido apenas pelos detentores de ações ordinárias que se encaixarem nos seguintes critérios:
Em comunicado, a Copel ressaltou ainda que esses acionistas só receberão o reembolso equivalente às ações que estiverem na sua carteira entre o último dia 11 de julho e a efetiva data do exercício do direito de recesso.
💲 A Copel pagará um reembolso de R$ 8,6467 por ação para os acionistas que se encaixarem nessas condições e exercerem o direito de retirada.
Este é o valor patrimonial da ação, calculado com base no patrimônio líquido que consta no balanço do ano passado, de acordo com a elétrica.
O pagamento, contudo, só será realizado caso a companhia de fato consiga entrar no Novo Mercado da B3, o que ainda depende da anuência dos credores, da aprovação dos acionistas preferencialistas e da B3.
Por isso, a data de pagamento do reembolso ainda não está definida. A Copel disse que irá manter o mercado informado a esse respeito.
O Novo Mercado é o segmento de mais alto nível de governança corporativa da bolsa brasileira.
📈 Por isso, a B3 exige que a empresa cumpra uma série de condições para acessar o Novo Mercado. Uma delas é a emissão exclusiva de ações ordinárias, que dão direito a voto aos acionistas.
O pedido de migração para o Novo Mercado ocorre na esteira da privatização da Copel. A elétrica foi privada em 2023 e, desde então, vem reorganizando a sua governança e diretoria.
Em entrevista concedida ao "Valor Econômico" na semana passada, o CEO da Copel, Daniel Slaviero, disse que a medida deve permitir a atração de mais investidores internacionais e, assim, aumentar a liquidez das ações da empresa.
Com a unificação, a companhia passa a ter apenas ações ordinárias, alinhando-se às exigências do Novo Mercado.
Após um 2024 marcado por desempenho fraco e incertezas, as empresas do segmento voltaram a conquistar espaço nas carteiras.