Conheça a startup europeia rival da OpenAI e do ChatGPT

Mistral AI foi criada no ano passado, na França, e já recebeu mais de US$ 500 mi em investimentos

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Publicado em 22/04/2024 às 11:38h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 22/04/2024 às 11:38h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana

🤖 Não é nada pretensioso dizer que o ChatGPT é um sucesso, já que foi ele quem abriu as portas para a tecnologia de inteligência artificial generativa.

Mas há outras empresas que estão no caminho para também popularizar o seu serviço de IA. É o caso da francesa Mistral IA, já considerada a principal concorrente da OpenAI e até de big techs como o Google.

O fundador da startup é Arthur Mensch, 31, que teve a ideia no ano passado junto de dois amigos de faculdade. Em pouco tempo, o empreendimento entrou na estratégia do governo francês para o setor, sobretudo depois que a União Europeia endureceu as regras para os sistemas de coleta de dados.

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Com funcionalidades parecidas ao do ChatGPT, o principal produto foi apelidado de Le Chat. A empresa diz que o sistema começou a gerar receita neste ano. O diferencial seria a abordagem de código aberto, que permite que desenvolvedores consigam criar funcionalidades de forma livre a partir dele.

Mensch defende que não é seguro confiar nas grandes marcas de tecnologia, que, segundo ele, seguem um roteiro definido pelos Estados Unidos. "Não podemos ter uma dependência estratégica. É por isso que queremos fazer um campeão europeu”, disse, em entrevista ao jornal New York Times.

Até agora, a Mistral já conseguiu captar US$ 540 milhões, um montante bem distante dos US$ 7,3 bilhões que levantou a OpenAI. Por isso, a empresa já está em busca de mais dinheiro, tendo fechado acordos com Microsoft, Salesforce e Nvidia nos últimos meses.

Em sua última rodada de investimentos, o valor de mercado da companhia ficou fixado em US$ 2 bilhões, mas o foco é chegar US$ 5 bilhões, conforme destacou o Financial Times. Fontes ouvidas pela reportagem disseram que há fundos de capital de risco de olho nas cotas, considerando ser essa a melhor chance da Europa para enfrentar o domínio do Vale do Silício.