Comitiva brasileira terá nova reunião com EUA na próxima semana

Chanceler Mauro Vieira se reunirá com o secretário Marco Rubio no Canadá antes do encontro do G7.

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Publicado em 05/11/2025 às 17:42h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 05/11/2025 às 17:42h Atualizado 1 mês atrás por Wesley Santana
Vieira e Rubio já se encontraram anteriormente, mas nenhum acordo foi fechado (Imagem: Embaixada do Brasil)
Vieira e Rubio já se encontraram anteriormente, mas nenhum acordo foi fechado (Imagem: Embaixada do Brasil)

Depois do encontro realizado entre os presidentes Lula e Donald Trump, uma comitiva brasileira vai se reunir novamente com a equipe norte-americana. Na próxima semana, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deve se reunir com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.

O encontro será realizado no Canadá, no dia 11 de novembro, antes da reunião do G7, grupo que reúne as sete maiores economias do mundo. O próximo passo é marcar um encontro que reúna também o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

"As negociações continuam, seguem, têm havido reuniões virtuais de equipes técnicas e continuarão acontecendo. E eu estarei na próxima semana em uma reunião do G7 no Canadá, onde estará também o secretário de Estado, e eu continuarei mantendo os contatos que tenho tido regularmente com ele", afirmou Vieira na tarde desta quarta-feira (5).

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A nova reunião acontece depois que o presidente Lula fez declarações contra os EUA, após o país realizar operações militares na costa da Venezuela. No entanto, Vieira defende que as falas do presidente brasileiro não atrapalham as negociações do tarifaço, já que estão na seara comercial, e não política.

“Esse assunto da Venezuela […] A nossa reunião, os nossos contatos nos Estados Unidos dizem respeito, sobretudo, às questões comerciais e tarifárias bilaterais”, disse ele.

O chanceler ainda confirmou que Lula deve ir à 4ª Cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), que será realizada na Colômbia, no próximo domingo (9). Além de reafirmar sua posição como líder da região, o presidente quer mostrar o apoio do Brasil em relação à Venezuela.

"Essa reunião vai tratar da sua agenda, da sua pauta, e é um apoio, uma solidariedade regional à Venezuela, tendo em vista que o presidente [Lula] repetidamente já disse — e é a posição da nossa política externa — que a América Latina e, sobretudo, a América do Sul, onde nós estamos, é uma região de paz e cooperação", continuou o chefe do Itamaraty.