Com recorde de juros, Tesouro Direto bloqueia operações mais uma vez

Investidores só conseguem investir nos títulos atrelados à Selic

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Publicado em 19/12/2024 às 12:59h - Atualizado Agora Publicado em 19/12/2024 às 12:59h Atualizado Agora por Wesley Santana
Real é a moeda oficial do Brasil (Imagem: Shutterstuck)

Na manhã desta quinta-feira (19), os títulos do Tesouro Direto alcançaram o maior patamar da série histórica. Os produtos prefixados chegaram a ser negociados a 16,2% ao ano, enquanto os indexados à inflação pagavam IPCA+8% ao ano.

💰 No entanto, foram poucos os investidores que conseguiram aproveitar esses rendimentos bastantes interessantes. Isso porque o site do Tesouro Direto ficou fora do ar por longos períodos, no chamado circuit breaker.

Por volta das 12h, os investidores só conseguiam fazer aportes nos títulos indexados à taxa Selic, estes com remuneração de 0,0412% (2027) e 0,1137% (2029) acima da taxa básica de juros. Todos os outros, inclusive os dos programas Renda+ e Educa+ estavam fora das negociações, de acordo com levantamento da reportagem.

Esse é o quarto dia seguido que os títulos do Tesouro deixam de ser negociados. Essa é uma medida da B3, responsável pela plataforma, em momentos quando ocorre muita volatilidade em produtos financeiros.

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Na última quarta (18), os títulos foram paralisados ao menos três vezes durante o pregão da bolsa de valores. Às 16h, as negociações foram totalmente interrompidas até não serem mais retomadas no dia.

O Tesouro Direto é um programa que negocia títulos de dívida pública do governo federal em troca de rendimentos futuros. De acordo com a variação das taxas de juros futuros, os investidores podem aplicar seus recursos emprestando dinheiro ao governo federal em troca de uma comissão no vencimento da operação.

Dólar pisa no freio

💵 Também no começo da tarde, o dólar era negociado com baixa em relação ao fechamento da última quarta. A moeda norte-americana estava cotada em R$ 6,16, de acordo com dados dos monitores de câmbio.

O valor representa uma calmaria em relação aos R$ 6,29 atingidos durante a manhã. O movimento de recuo acontece depois que o Banco Central fez um leilão à vista para vender US$ 5 bilhões, na sexta sessão das últimas semanas.

Já o Ibovespa era negociado com alta de 0,70%, aos 121.202 pontos. A maior alta do dia na bolsa de valores é capitaneada pela novata Automob (AMOB3), com um salto de 17% na cotação.