China incentiva mulheres a engravidar para frear declínio populacional

População chinesa pode cair dos atuais dos atuais 1,4 bilhão para menos de 600 milhões até 2100

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Publicado em 03/01/2024 às 13:03h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 03/01/2024 às 13:03h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
China tem incentivado maternidade (Shutterstock)

A China deixou de ser o país mais populoso do mundo e já tem visto sua população começar a diminuir. É uma tendência que deve se acentuar nos próximos anos e pressiona a oferta de trabalhadores na indústria. Por isso, o governo chinês tem incentivado as mulheres a terem filhos.

👶 Diante da perspectiva de declínio populacional, o governo tem enviado mensagens e promovido palestras para incentivar mulheres a engravidar, além de oferecer apoio financeiro para famílias com mais um filho. É um posicionamento bem diferente da política de filho único, que vigorou até 2015 com o intuito de frear o crescimento da população chinesa. E há a possibilidade de que as políticas de maternidade fiquem ainda mais fortes na China.

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Em um fórum realizado pela Federação de Mulheres de Toda a China em outubro de 2023, o presidente chinês, Xi Jinping, disse que o país deve estimular uma "nova cultura de casamento e de maternidade". Ele disse ainda que as mulheres têm um papel fundamental na harmonia familiar e social, mas também no desenvolvimento e progresso nacional e, por isso, deveriam estabelecer uma "nova tendência de família".

📉 Apesar dos apelos governamentais, muitas mulheres têm optado por não ter filhos na China. Muitas apontam os altos custos e a falta de tempo como um impeditivo. Por isso, a expectativa é de que a população chinesa continue encolhendo e envelhecendo. Algumas projeções dizem inclusive que o número de chineses caia dos atuais 1,4 bilhão para menos de 600 milhões até 2100.

Além disso, os jovens chineses não têm demonstrado interesse em trabalhar em fábricas, apesar do alto nível de desemprego jovem. Por isso, a indústria chinesa pode ter um déficit de quase 30 milhões de trabalhadores até 2025, o que pode afetar a produção e, consequentemente, o crescimento econômico da China.