Líder de mercado no ramo de seguros habitacionais, a Caixa Seguridade (CXSE3) pode ser afetada pelas novas regras de financiamento imobiliário da Caixa. Ainda assim, deve apresentar resultados sólidos nos próximos trimestres, na avaliação do BTG Pactual.
🏠 Controladora da Caixa Seguridade, a Caixa Econômica Federal endureceu as regras para financiamento imobiliário com recursos da poupança. Com isso, passará a exigir uma entrada maior e financiará imóveis de no máximo R$ 1,5 milhão a partir de 1º de novembro.
Segundo o BTG Pactual, as mudanças podem levar a "alguma desaceleração" no ritmo de prêmios emitidos pela Caixa Seguridade no quarto trimestre deste ano. Afinal, a seguradora vinha se beneficiando com o crescimento da carteira de crédito imobiliário da sua controladora.
No segundo trimestre, por exemplo, a Caixa Seguridade emitiu R$ 880,6 milhões em prêmios no ramo habitacional. O resultado foi 10,4% maior do que o do mesmo período de 2023 e representou 36,1% de todos os prêmios emitidos pela companhia no trimestre.
📈 Mesmo assim, o BTG Pactual acredita que o lucro da Caixa Seguridade seguirá crescendo em 2024 e 2025. Isso porque a expectativa é de que a companhia apresente resultados sólidos, possivelmente até acima do consenso, no terceiro trimestre deste ano, e que o crédito habitacional da Caixa volte a acelerar em 2025. Além disso, é esperada uma redução da taxa de sinistralidade, depois da alta observada no segundo trimestre deste ano, meio às chuvas no Rio Grande do Sul.
O BTG Pactual projeta um lucro líquido de R$ 4,1 bilhões para a Caixa Seguridade em 2024. Isto é, um resultado cerca de 14% superior ao de 2023, quando a seguradora teve um lucro líquido contábil de R$ 3,5 bilhões. Já para 2025, a expectativa é de um lucro entre R$ 4,2 bilhões e R$ 4,4 bilhões.
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💲 O BTG Pactual também avalia como positivo o follow-on que está sendo preparado pela Caixa Seguridade. A seguradora foi autorizada pela Caixa nesta semana a seguir com uma oferta bilionária de ações para, dessa forma, se enquadrar nas regras do Novo Mercado da B3.
A B3 exige que as companhias listadas em segmentos especiais de negociação, como o Novo Mercado, mantenham ao menos 20% de suas ações em circulação no mercado. Contudo, a Caixa Seguridade mantém apenas 17,25% das suas ações em negociação atualmente. Os outros 82,75% seguem com a Caixa Econômica Federal.
Por isso, a companhia deve ofertar ao menos 2,75% das suas ações, o equivalente a 82,5 milhões de papeis. A operação deve movimentar cerca de R$ 1,1 bilhão e, de acordo com o BTG, pode ser lançada ainda neste ano ou no começo de 2025, dependendo das condições do mercado.
O banco indicou que a Caixa Seguridade pode manter a oferta no mínimo de 2,75% das ações e avaliou a medida como positiva, dadas as condições desafiadoras do mercado e a expectativa de que a liquidez dos papeis aumente diante dos juros altos. O BTG, no entanto, mantém uma postura neutra em relação ao ativo.
A Caixa autorizou a seguradora a realizar os estudos, com o objetivo de atingir o percentual mínimo de ações em circulação exigido pela B3.
O objetivo é atender um compromisso firmado com a B3 para elevar o volume de ações da seguradora.
