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MRV (MRVE3) tem queda nas vendas no 3T25; ações tombam quase 10%
No trimestre, a MRV registrou vendas de R$ 2,445 bilhões, valor 0,5% menor.
BTG vê valorização de 86% para construtora da Bolsa e mantém compra
Com uma valorização acumulada de 23% em 2025, as ações da MRV também fecharam o pregão com alta de 4,81%.
Publicado em 15/10/2025 às 17:58h - Atualizado 3 minutos atrás
Publicado em 15/10/2025 às 17:58h
Atualizado 3 minutos atrás
🚨 A MRV (MRVE3) continua no radar positivo do BTG Pactual, que reiterou a recomendação de compra para os papéis da construtora. Em relatório divulgado nesta quarta-feira (15), o banco fixou preço-alvo de R$ 12, o que representa um potencial de valorização de cerca de 86% frente à cotação atual de R$ 6,42.
Com uma valorização acumulada de 23% em 2025, as ações da MRV também fecharam o pregão com alta de 4,81%.
Otimismo com fluxo de caixa e desalavancagem
O otimismo da casa de análise tem como base uma reunião recente (non-deal roadshow) com Augusto Andrade, diretor de relações com investidores da MRV. Segundo os analistas Gustavo Cambauva e Gustavo Fabris, a companhia está confiante na recuperação da lucratividade e na redução da alavancagem nos próximos trimestres.
Um dos pontos de atenção para a empresa no 3º trimestre foi o impacto negativo causado pelos chamados cheques regionais, especialmente em Manaus, que afetaram os repasses de clientes para os bancos. A expectativa, segundo o BTG, é que com a retomada desses programas regionais, a normalização dos repasses contribua para um fluxo de caixa livre positivo já no 4T25.
Esse cenário abriria caminho para crescimento do caixa em 2026, considerado essencial para a trajetória de desalavancagem da MRV, conforme os analistas.
Lançamentos e margens em alta
A companhia projeta manter o volume de lançamentos em torno de 40 mil unidades por ano, sem aumento previsto para o curto prazo. A velocidade de vendas segue saudável, beneficiada pelo ambiente positivo do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
O BTG também aponta que a margem bruta da MRV deve seguir em expansão, impulsionada por preços de venda mais altos e custos de construção sob controle. A gestão de estoques, banco de terrenos e alocação de equipes de engenharia foram destacados como diferenciais operacionais que sustentam a produtividade e a eficiência da companhia.
“As margens devem continuar aumentando, com maior produtividade e execução eficiente nos mercados onde a empresa já atua”, escreveram Cambauva e Fabris.
Operação Resia em transição
A operação da MRV nos Estados Unidos, a Resia, segue em processo de redimensionamento. O plano é reduzir o porte da unidade internacional, caminhando para um modelo com menos ativos em carteira.
A meta da MRV é reciclar até US$ 800 milhões em terrenos e projetos nos EUA até 2026, o que, segundo o BTG, está bem encaminhado.
💲 O banco destaca que a companhia pretende adotar um modelo mais enxuto e com menor capital investido, focando em reduzir despesas operacionais (SG&A) ao longo do processo.