Brics discutem alternativa, mas dólar mantém seu domínio no mundo, diz relatório

Sistema de pagamentos da China cresce de forma lenta

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Publicado em 25/06/2024 às 09:54h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 25/06/2024 às 09:54h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana
Dólar é a moeda oficial dos Estados Unidos. Foto: Shutterstock

💵 Embora os países do Brics discutam o uso de uma segunda moeda para transações, o dólar continua mantendo sua hegemonia dentro e fora do grupo. Segundo dados do Monitor do Domínio do Dólar, a moeda norte-americana ainda é a primeira em reservas estrangeiras, faturamento comercial e transações monetárias entre países.

O levantamento é publicado periodicamente pela Atlantic Council e, nesta edição, mostra que os esforços pela “desdolarização” ainda não prosperaram. Apesar disso, o Sistema de Pagamentos Interbancário Transfronteiriço da China (CIPS na sigla em inglês) registrou um aumento de quase o dobro de participantes nos últimos 12 meses.

Esse é um candidato a se tornar o sistema oficial de pagamento entre os países que compõe o bloco econômico, em alternativa aos oferecidos pelos EUA. Para acelerar a adoção deste produto, a China tem investido em aumentar a liquidez de sua moeda, o yuan, embora a participação dela nas reservas globais tenha sido de apenas 2,8% em 2022.

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“Isso possivelmente se deve à preocupação dos gerentes de reservas com a economia da China, à posição de Pequim na guerra Rússia-Ucrânia e a uma possível invasão chinesa de Taiwan, contribuindo para a percepção do renminbi (como o yuan é oficialmente chamado na China) como uma moeda de reserva geopoliticamente arriscada”, disse o relatório.

O documento também relata que os membros do Brics fizeram acordos bilaterais com foco nas chamadas CBDC que são as moedas digitais emitidas pelos respectivos bancos centrais. No entanto, deve ocorrer uma dificuldade em aplicar o conceito em escala, por questões regulatórios, mas essa pode se tornar uma plataforma de câmbio ao longo do tempo.

Criado em 2009, o Brics é um grupo que reúne países emergentes, com foco na troca comercial entre eles. Foi fundado por Brasil, China, Índia e Rússia, passando a incorporar a África do Sul em 2010. Já em 2023, acrescentou Iran, Egito, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Arábes.