BRB (BSLI4) troca mais uma vez de comando, após operação da PF
O governador do DF indicou dois nomes diferentes para a presidência do BRB após a operação.
O BRB (BSLI4) disse que já recuperou mais de R$ 10 bilhões aplicados no Banco Master.
De acordo com a PF (Polícia Federal), o Master teria criado carteiras de crédito falsas e vendido para outras instituições financeiras. Só o BRB injetou mais de R$ 12 bilhões na instituição.
💰 Em nota, o BRB confirmou na sexta-feira (21) que a "exposição bruta de carteiras com documentação fora do padrão exigido" chegou a R$ 12,76 bilhões.
Contudo, ressaltou que "mais de R$ 10 bilhões já foram liquidados ou substituídos" e alegou que "o restante não constitui exposição direta ao Banco Master".
"Todo o processo de substituição de carteiras e adição de garantias, prática prevista em contrato, foi reportado e acompanhado pelo Banco Central", acrescentou.
O BRB disse ainda que reforçou os controles internos e que as atuais carteiras de crédito seguem o "padrão adequado".
"O Banco permanece sólido e colaborando com as autoridades", garantiu, detalhando as suas contas:
"O BRB possui mais de R$ 80 bilhões em ativos, mais de R$ 60 bilhões em carteira de crédito e registrou lucro líquido recorrente de R$ 518 milhões no 1º semestre, com margem financeira superior a R$ 2,3 bilhões".
O investimento de R$ 12 bilhões do BRB no Master foi revelado na terça-feira (18), depois que a PF deflagrou a Operação Compliance Zero para combater a emissão dos títulos de crédito falsos.
A operação levou ao afastamento do presidente e do diretor-financeiro do BRB, além da prisão de sócios do Master. No mesmo dia, o BC (Banco Central) decretou a liquidação extrajudicial do Master.
O BRB lembrou na sexta-feira (21) que é um dos credores da liquidação extrajudicial do Master, o que pode viabilizar a recuperação de outros valores.
No dia da operação, o banco também disse que "sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando regularmente informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central do Brasil sobre todas as operações relacionadas ao Banco Master".
Ainda assim, o Conselho de Administração do BRB aprovou a contratação de uma auditoria externa especializada para apurar os fatos mencionados na Operação Compliance Zero da PF.
O governador do DF indicou dois nomes diferentes para a presidência do BRB após a operação.
O BRB foi alvo da operação da PF que levou à prisão do presidente do Banco Master.