Brasil tenta negociar com Paraguai tarifas mais baratas de energia elétrica, mas acordo falha

O impasse levou o Paraguai a bloquear o orçamento da usina para 2024

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Publicado em 06/02/2024 às 15:42h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 06/02/2024 às 15:42h Atualizado 1 mês atrás por Jennifer Neves
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🔌 Os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e Mauro Vieira, de Relações Exteriores, propuseram uma redução na tarifa da usina hidrelétrica de Itaipu Binacional para US$ 14,77 por quilowatt, conforme apurado pelo Valor Econômico.

No entanto, não foi possível chegar a um acordo com as negociações. Em uma tentativa de resolver a questão, os ministros se reuniram com lideranças locais em Assunção nesta segunda-feira (05).

Preocupado com os impactos de um possível aumento na tarifa sobre a população mais pobre e a indústria nacional, o governo brasileiro havia afirmado anteriormente que não aceitaria um aumento. O impasse levou o Paraguai a bloquear o orçamento da usina para 2024. De acordo com o tratado, a tarifa de energia de Itaipu corresponde aos custos de serviço de eletricidade, atualmente fixada em US$ 16,71 por quilowatt.

A estratégia brasileira tenta manter o acordo atual, buscando um meio-termo na negociação. O Paraguai, que consome apenas 15% da energia produzida, tem procurado aumentar o valor da energia exportada para o Brasil, alegando baixo retorno financeiro. A disputa levou o presidente paraguaio, Santiago Peña, a se reunir com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília, onde foram discutidas as divergências sobre a tarifa.

*Com informações do Valor Econômico