Brasil registra deflação pela primeira vez no ano

Alimentos foram responsáveis pelo patamar negativo

Author
Publicado em 10/09/2024 às 11:08h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 10/09/2024 às 11:08h Atualizado 2 meses atrás por Wesley Santana
(Imagem: Shutterstuck)

📈 O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), medidor oficial da inflação no Brasil, terminou o mês de agosto em -0,02%. Com isso, essa é a primeira vez no ano em que o país registra deflação, ou seja, queda nos preços. 

Segundo os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (10), o recuo foi puxado principalmente pelo preço dos alimentos. Essa categoria foi responsável por uma baixa de 0,44%. 

Chama a atenção o forte recuo de itens como batata inglesa (-19%), tomate (-16%) e cebola (-16%). Outro setor que apresentou baixa foi o de Habitação, que, em razão da energia elétrica, fechou agosto em -0,51%. 

📉 Leia mais: Focus: Projeção da Selic salta de 10,50% para 11,25% no fim de 2024

“A principal influência veio de energia elétrica residencial, com o retorno à bandeira tarifária verde em agosto, onde não há cobrança adicional nas contas de luz, após a mudança para a bandeira amarela em julho”, destacou André Almeida, gerente da pesquisa.

Por outro lado, ainda de acordo com o IBGE, outras seis categorias apresentaram avanços no acumulado dos 30 dias: artigos de residência (0,74%), vestuário (0,39%), saúde e cuidados pessoais (0,25%), despesas pessoais (0,25%), educação (0,73%) e comunicação (0,10%).

Entre as capitais, a Recife (Pernambuco) registrou a menor deflação do país (-0,5%), enquanto Porto Alegre (Rio Grande do Sul) obteve a maior inflação (0,18%). São Paulo e Rio de Janeiro, que são as maiores cidades do país, indicaram 0,1% e -0,8%, respectivamente. 

Com isso, no acumulado dos últimos 12 meses, a inflação oficial do Brasil é de 4,24%. Desde janeiro, os preços avançaram 2,85%, conforme histórico do IPCA.

É importante destacar que a meta de inflação do Banco Central para 2024 é de 3%, com um teto de 1,5% para mais ou menos. Neste caso, a instituição prevê que o resultado tenha que ser entre 1,5% e 4,5% no acumulado de doze meses até o próximo dezembro.