Brasil e China assinam acordo de swap de moedas; entenda

Acordo fechado também já é feito com os Estados Unidos

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Publicado em 13/05/2025 às 18:03h - Atualizado Agora Publicado em 13/05/2025 às 18:03h Atualizado Agora por Wesley Santana
Yuan é a moeda oficial da China (Imagem: Shutterstock)

Nesta terça-feira (13), o Banco Central do Brasil e o equivalente da China assinaram um acordo mútuo de swap de moedas. O valor total do contrato é de R$ 157 bilhões, com prazo de validade de cinco anos.

💵 Com esse acordo, o Brasil replica na China um movimento que já acontece nos Estados Unidos, por meio de um acerto com o Fed assinado em 2021. Já a China mantém o mesmo contrato com outros 40 países, incluindo o Banco Central Europeu.

O swap de moedas é um procedimento comum feito por bancos centrais em que são trocadas unidades de outro país com a garantia de que elas serão recompradas futuramente. O objetivo principal deste acordo é obter algum tipo de lucro por meio dos juros que permeiam essa operação.

No caso do acordo Brasil-China, as duas partes dizem que a expectativa é fornecer liquidez para facilitar o funcionamento do mercado financeiro em caso de necessidade. As chamadas operações compromissadas sempre estão lastreadas em um ativo real, neste caso, a moeda local.

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"Esses acordos de swap de moedas têm se tornado comuns entre os bancos centrais, especialmente desde a crise de 2007. O BCB já tem conversas com outros bancos centrais para a realização de acordos semelhantes ao que será assinado com o Banco Popular da China", disse o BC em nota.

A assinatura do tratado estava na pauta de Gabriel Galípolo, presidente do BC, que acompanha o presidente Lula em viagem à China. O governo brasileiro pretende atrair R$ 27 bilhões em investimentos oriundos da China.