Braga Netto é preso pela PF em investigação sobre tentativa de golpe

Netto foi detido em Copacabana, na Zona Sul do Rio.

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Publicado em 14/12/2024 às 09:17h - Atualizado 30 dias atrás Publicado em 14/12/2024 às 09:17h Atualizado 30 dias atrás por Elanny Vlaxio
Ainda estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão  (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Neste sábado (14), por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), a Polícia Federal prendeu o general da reserva Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.

🚓 Netto foi detido em Copacabana, na Zona Sul do Rio, e deverá ser transferido para o Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia do Exército.

A PF informou que, além do mandado de prisão preventiva, estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam dificultando a livre produção de provas durante a instrução processual penal.

Por qual motivo ele foi detido

Ele está sendo investigado no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito em 2022.

Em novembro, Netto negou que houve uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. "Nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém”, disse em nota.

Quem é Braga Netto

Walter de Souza Braga Netto é general da reserva do Exército, ex-ministro-chefe da Casa Civil e da Defesa no governo Bolsonaro, além de candidato a vice-presidente na chapa que perdeu as eleições presidenciais de 2022. Natural de Belo Horizonte (MG), o militar tem 67 anos e ingressou no Exército em 1975.

🕵️ Em 1977, fez parte da mesma turma de Luiz Eduardo Ramos, também ministro no governo Bolsonaro, e Edson Pujol, ex-comandante do Exército, na Academia Militar das Agulhas Negras. Em 2009, foi promovido a general e nomeado chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Oeste.

Em 2016, assumiu o Comando Militar do Leste, onde comandou 50 mil militares no Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Em 2018, foi nomeado interventor da Segurança no Rio de Janeiro, durante o governo de Michel Temer (MDB), comandando as polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros e o sistema penitenciário do estado.

Em fevereiro de 2020, ingressou no governo Bolsonaro como ministro da Casa Civil e, no ano seguinte, assumiu o Ministério da Defesa. Um ano depois, deixou o ministério para concorrer às eleições de 2022, sendo o candidato a vice-presidente na chapa derrotada de Jair Bolsonaro.

Veja a nota oficial:

🗣️ “A Polícia Federal cumpre, na manhã deste sábado (14/12), mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal em face de investigados no inquérito que apurou a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito em 2022.

Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal. As medidas judiciais têm como objetivo evitar a reiteração das ações ilícitas.”