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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu milhares de apoiadores em manifestação realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (25). Ao discursar, ele disse que vem sendo perseguido e negou ter tentado dar um golpe de Estado no Brasil.
🗣️ "O que é golpe? Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração. Nada disso foi feito no Brasil", afirmou Bolsonaro. Ele disse ainda que nenhum estado de sítio ou defesa foi declarado no país. "O golpe é porque tem uma minuta de um decreto de Estado de defesa. Golpe usando a constituição? Tenha santa paciência", acrescentou.
Bolsonaro teve o passaporte apreendido no dia 8 de fevereiro, após a PF (Polícia Federal) deflagrar uma operação para apurar a formação de uma "organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado". Na ocasião, a PF encontrou o rascunho de um discurso golpista na sala usada por Bolsonaro na sede do PL (Partido Liberal). O texto não é assinado por ninguém, mas previa a declaração de um estado de sítio.
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Antes disso, a PF já havia dito que essa "organização criminosa" elaborou uma minuta de decreto que propunha um golpe de Estado no Brasil. O objetivo seria abolir o "Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder". Decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), acrescentou que Bolsonaro teve acesso e pediu ajustes nesta "minuta do golpe".
Militares e aliados do ex-mandatário também foram alvos da operação da PF e alguns acabaram presos, como o presidente do PL (Partido Liberal), Valdemar Costa Neto. Liberado após pagar fiança, Valdemar Costa Neto também participou da manifestação deste domingo (25). Ele, no entanto, não pode se encontrar com Bolsonaro, já que as investigações sobre o possível golpe continuam. Por isso, foi ao ato antes do ex-presidente.
🤝 Outros aliados de Bolsonaro participaram da manifestação, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas; o governador de Goiás, Ronaldo Caiado; o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes; e o pastor Silas Malafaia, além de deputados, senadores e a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro.
A manifestação serve de termômetro da força de Bolsonaro, que está inelegível. Ao discursar, o ex-presidente disse estar orgulhoso e grato pela presença dos apoiadores. Ele ainda defendeu anistia para os presos pelo 8 de Janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas em Brasília.
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