Para manter o "bank": Nubank (ROXO34) quer obter licença bancária no Brasil
Com isso, o roxinho busca adaptar-se a novas regras do BC e manter sua marca.
A concorrência entre o Nubank (ROXO34) e os grandes bancos brasileiros ganhou novos contornos nos últimos dias, com a troca de farpas nas redes sociais.
Tudo começou há uma semana, depois que o CEO do Nubank, David Vélez, foi às redes sociais exaltar o crescimento do roxinho, mas sem deixar de alfinetar os bancões.
Vélez apresentou dados para mostrar que o Nubank ajudou a incluir brasileiros no sistema financeiro, aumentar a concorrência e reduzir os juros no setor.
E soltou: "Esses são os fatos, a despeito de muitas falsas narrativas lançadas por aqueles que não estão tolerando muito bem a competição e a transformação do setor".
Além disso, afirmou que "o Nubank tem sido o MAIOR pagador de imposto de renda entre as instituições financeiras brasileiras, considerando valores brutos e relativos (taxa efetiva)".
Os bancos, no entanto, não gostaram do post e reagiram nessa quinta-feira (4), por meio de uma nota da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) que também foi publicada no LinkedIn.
No post, a Febraban diz que analisou os números do Nubank e encontrou um "um quadro REAL bem diferente" do exibido por Vélez.
Segundo a entidade, os números do roxinho "em nada, se identificam com saúde financeira", pois combinariam "elevadas taxas de juros, alto patamar de inadimplência e forte impacto no endividamento dos seus clientes".
"O Nubank pratica o dobro de taxas de juros dos grandes bancos, tem inadimplência 3 a 7 vezes maior e níveis bem superiores de lucratividade, mas ZERO investimento em atendimento presencial ou programas sociais", disparou a Febraban.
A Febraban ainda rebateu a declaração de Vélez de que o Nubank paga mais impostos, dizendo que o peso dos tributos ainda é maior para os bancos e publicando dados que tentam comprovar essa afirmação.
Em nota, o Nubank disse que já apresentou sua posição e dados e não ficar respondendo ao que chamou de "ataques".
"Queremos agora focar nossa energia no que mais gostamos: continuar oferecendo os melhores produtos e serviços financeiros no mercado", afirmou.
Veja o post do CEO do Nubank:
E a resposta dos bancos:
Com isso, o roxinho busca adaptar-se a novas regras do BC e manter sua marca.
Acordo pode reforçar presença do banco nos EUA e ampliar exposição internacional.