CBA fecha acordo milionário com Auren (AURE3) e garante energia limpa até 2042
O contrato prevê o fornecimento de 115 megawatts médios (MWm) de energia a partir de 2027, com validade de 15 anos.
🚨 As ações da Companhia Brasileira de Alumínio - CBA (CBAV3) tiveram um pregão de forte valorização nesta sexta-feira (5), impulsionadas por um cenário externo mais favorável ao apetite de risco e, principalmente, pela visão otimista do Itaú BBA sobre o futuro da companhia.
O banco reiterou recomendação de compra e estabeleceu preço-alvo de R$ 6 ao final de 2026, o que representa um potencial de valorização de 64% em relação aos níveis atuais.
Os papéis da CBA, negociados fora do Ibovespa, saltaram 7,67%, cotados a R$ 3,93, acompanhando também a melhora no humor global em relação a commodities e empresas ligadas ao setor de metais.
Em reunião virtual com investidores estrangeiros e o CEO da companhia, Luciano Alves, os analistas do BBA destacaram que grande parte dos desafios operacionais enfrentados no segundo trimestre já foi solucionada, o que deve se refletir em melhora gradual dos custos ao longo dos próximos trimestres.
Na avaliação do banco, o mercado reagiu de forma exagerada aos números fracos do 2T25, penalizando a ação de maneira acima do razoável.
A administração, por sua vez, reforçou a expectativa de que ajustes internos, aliados à liberação de capital de giro, vão gerar uma virada positiva no fluxo de caixa livre (FCF) já no segundo semestre deste ano.
O BBA também ressaltou que, embora o mercado global e doméstico de alumínio esteja em um momento saudável, há pressões específicas vindas da Europa, onde os prêmios do alumínio vêm sendo impactados pelas tarifas de importação aplicadas pelos Estados Unidos.
Ainda assim, a visão geral da casa permanece construtiva para a empresa, reforçando a recomendação de compra.
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Os números do segundo trimestre explicam, em parte, a volatilidade recente das ações. A CBA reportou um prejuízo líquido de R$ 89 milhões, revertendo o lucro de R$ 193 milhões obtido no mesmo período de 2024.
O Ebitda ajustado — indicador que mede a performance operacional — caiu 44%, saindo de R$ 339 milhões no 2T24 para R$ 189 milhões neste ano.
A receita líquida também recuou, com queda de 3% na comparação anual, totalizando R$ 2 bilhões. Já o volume de vendas de alumínio encolheu 8%, refletindo um cenário de demanda mais fraca e desafios logísticos.
Para o Itaú BBA, os resultados mais fracos já estão precificados na ação, enquanto as perspectivas de retomada ainda não foram devidamente refletidas no valor de mercado da companhia.
A expectativa é de que, com custos em queda e geração de caixa mais robusta, a CBA consiga retomar margens operacionais mais sólidas em 2026.
A visão de “assimetria positiva” significa que o potencial de valorização da ação supera os riscos atuais, sobretudo porque a empresa está avançando em eficiência e ajustes internos que devem corrigir os problemas que impactaram o desempenho no primeiro semestre.
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O setor de alumínio é altamente cíclico e sensível a movimentos de preços globais e políticas comerciais.
Além da demanda internacional, investidores devem acompanhar a evolução da estratégia de eficiência operacional da CBA e seus impactos sobre custos, já que margens comprimidas foram um dos principais fatores de pressão nos últimos trimestres.
Outro ponto relevante é o cenário de juros e crescimento econômico global, que pode influenciar diretamente o consumo de metais.
📊 Caso o ambiente internacional siga favorável e a companhia entregue a recuperação projetada pelo Itaú BBA, CBA pode, de fato, se tornar uma das ações com maior potencial de valorização no setor de metais e mineração até 2026.
O contrato prevê o fornecimento de 115 megawatts médios (MWm) de energia a partir de 2027, com validade de 15 anos.
Com a operação, o capital social da companhia será reduzido de R$ 4,955 bilhões para R$ 4,554 bilhões.