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O Banco da Inglaterra, BoE na sigla em inglês, decidiu nesta quinta-feira (21/09) manter a taxa de juros do país em 5,25% ao ano. A decisão interrompe uma sequência de 14 aumentos consecutivos dos juros, mas dividiu o Comitê de Política Monetária inglês.
Em comunicado publicado após a reunião, o BoE revelou que cinco dos nove membros do comitê votaram pela manutenção dos juros, enquanto quatro julgavam apropriado elevar novamente a taxa. Para esse grupo, a taxa de juros inglesa deveria ser elevada em 0,25 ponto percentual, para 5,5%.
O BoE elevou a sua taxa de juros da mínima histórica de 0,1% para 5,25% ao longo dos últimos anos para tentar conter a onda inflacionária registrada na saída da pandemia de covid-19. É o maior patamar desde a crise de 2008.
A pausa anunciada nesta quinta-feira (21/09) foi a primeira desde novembro de 2021. A instituição fez questão de ressaltar, no entanto, que este pode não ser o fim do ciclo de alta dos juros. No comunicado, o BoE afirmou que “um maior aperto monetário será necessário se houver evidências de pressões inflacionárias mais persistentes”.
Além disso, o Banco da Inglaterra declarou que “a política monetária terá de ser suficientemente restritiva durante o tempo suficiente para que a inflação regresse ao objetivo de 2% de forma sustentável a médio prazo”. A meta do BoE é levar à inflação à meta de 2% ao ano, de uma maneira que ajude a sustentar o crescimento econômico e o emprego.
A inflação acumula alta de 6,7% nos 12 meses encerrados em agosto na Inglaterra. E as projeções indicam que a meta de 2% deve ser atingida novamente apenas em 2025. “
Espera-se que a inflação medida pelo CPI continue a cair significativamente no curto prazo, refletindo uma inflação anual mais baixa de energia, apesar da nova pressão ascendente dos preços do petróleo e novas descidas da inflação dos produtos alimentares e dos bens básicos. No entanto, projeta-se que a inflação dos serviços permaneça elevada no curto prazo, com alguma volatilidade potencial mês a mês”, afirmou o BoE.
Além disso, a autoridade monetária vê “sinais crescentes” do impacto da política monetária restritiva no mercado de trabalho e na economia real. A expectativa é de que o PIB (Produto Interno Bruto) da Inglaterra cresça “apenas ligeiramente” no terceiro trimestre e que o crescimento seja mais fraco do que o esperado no segundo semestre de 2023.
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