Bradesco (BBDC4) faz ROE de 14,6% e lucra R$ 6,1 bilhões no 2T25, alta de 28%
Banco cresce rentabilidade com apoio de receitas, cujo saldo no trimestre é de R$ 34 bilhões.
🚨 A ação preferencial do Bradesco (BBDC4) acumula valorização de cerca de 40% no ano, tornando-se um dos destaques positivos da bolsa em 2025.
E, mesmo com esse forte desempenho, analistas do banco Safra ainda enxergam espaço para nova pernada de alta, com preço-alvo de R$ 21, o que representa potencial de valorização de 34%.
O otimismo se baseia no sólido resultado do segundo trimestre, quando o banco reportou lucro líquido de R$ 6,1 bilhões, alta de 29% na comparação anual, além de avanços relevantes em margem financeira e rentabilidade.
O desempenho positivo foi atribuído, principalmente, ao crescimento das receitas — em especial da margem com clientes (NII), que atingiu patamar recorde.
O Bradesco também viu melhora nas receitas com serviços, puxadas por cartões, gestão de ativos e mercado de capitais, segundo relatório do Itaú BBA.
A unidade de seguros se destacou com crescimento nos prêmios ganhos e queda na sinistralidade, contribuindo para o avanço da lucratividade.
Além dos resultados, o banco revisou para cima suas projeções (guidance) para o ano. A expectativa de crescimento nas receitas com serviços subiu para entre 5% e 9%, acima da faixa anterior de 4% a 8%.
Já os ganhos com seguros, previdência e capitalização devem crescer entre 9% e 13%, contra previsão anterior de 6% a 10%.
De acordo com o Itaú BBA, essas revisões implicam em aumento de cerca de 3% nas estimativas de lucro para 2025. Para os analistas da casa, “no geral, foi um trimestre sólido; a recuperação está no caminho certo”.
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Apesar dos bons resultados, parte do mercado vê o avanço das ações como precificado. O papel chegou a cair levemente no pregão seguinte à divulgação dos resultados, em linha com a performance negativa do Ibovespa no mesmo dia.
O BTG Pactual (BPAC11), por exemplo, mantém recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 16.
A instituição aponta que, embora o Bradesco esteja em trajetória de recuperação, ainda há incertezas sobre a sustentabilidade da rentabilidade, especialmente com relação ao uso de linhas de crédito subsidiadas como o FGI.
Os analistas também destacam que o banco tem sido mais lento na transformação digital, em comparação ao seu principal concorrente, o Itaú Unibanco (ITUB4).
Na conferência com investidores, o CEO Marcelo Noronha destacou que o Bradesco irá acelerar a concessão de crédito consignado, após não ter priorizado esse segmento anteriormente.
Já o Safra segue confiante. Para a casa, os resultados comprovam que o banco “conseguiu manter números sólidos de NII e tendências decentes de qualidade de ativos”. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 21.
📈 O Bank of America também vê espaço para valorização, projetando preço-alvo de R$ 17, com base na normalização da lucratividade da instituição para níveis históricos.
Banco cresce rentabilidade com apoio de receitas, cujo saldo no trimestre é de R$ 34 bilhões.
A ação do Bradesco acumula uma valorização de 35% no ano, impulsionada pelo otimismo do mercado com o plano de reestruturação da instituição.