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🧾 O anúncio da inflação ao consumidor em fevereiro na Argentina, que atingiu 13,2%, teve diferentes interpretações no país. Por um lado, houve certo alívio devido à clara desaceleração em comparação com os 25,5% de dezembro e os 20,6% de janeiro. Por outro lado, persiste o reconhecimento de que esse nível ainda é excessivamente alto e continua a prejudicar a renda da população.
O presidente Javier Milei comentou durante entrevista à rádio Mitre sobre esse dado, reconhecendo a gravidade, mas destacando a necessidade de contextualização. Ele atribuiu o alto custo de vida à "catástrofe" de duas décadas de políticas populistas do kirchnerismo.
Milei observou que a variação inflacionária de fevereiro foi influenciada por fatores extraordinários, como a recomposição de preços congelados pelo governo anterior e pagamentos antecipados, resultando em uma inflação em torno de 7%, segundo sua estimativa.
Para enfrentar as pressões atuais, o governo argentino autorizou, na última terça-feira (12), a facilitação da importação de itens da cesta básica. Isso ocorreu porque os formadores de preço, que anteriormente precificaram seus produtos considerando o dólar mais alto, agora se deparam com uma taxa de câmbio paralela mais baixa.
Apesar das medidas adotadas, Milei alertou para a possibilidade de uma inflação mais alta em março, devido a fatores sazonais, especialmente os reajustes das pensões.
O Bradesco BBI e o Itaú expressaram preocupações semelhantes, destacando os desafios associados aos reajustes periódicos das pensões e às correções nos preços de energia, transporte e combustíveis. Ambos os bancos preveem uma inflação persistente na casa dos dois dígitos até pelo menos o segundo trimestre de 2024, com o Itaú projetando uma inflação de 180% até o final do ano.
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