Junto da bandeira vermelha, Enel SP aumenta preço da conta de luz em 13,2%
Consumidores de SP pagarão dois custos adicionais para usar energia elétrica no mês de julho.
Pouco tempo se passou e os empresários de São Paulo já têm que arcar com outro prejuízo criado a partir da falta de energia. Segundo um levantamento da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de SP), o vendaval desta semana fez os comércios perderem mais de R$ 1,5 bilhão em faturamento.
Tudo aconteceu por causa de ventos fortes que atingiram a capital e a região metropolitana no começo da semana. Mesmo passados dois dias, cerca de 1,3 milhão de endereços ainda estavam sem energia elétrica de forma plena, conforme destacou a Enel (E1NI34) por meio de nota.
O prejuízo deste episódio é bem próximo do de outubro do ano passado, quando o resultado ficou negativo em R$ 2 bilhões, conforme a mesma entidade. E os dois levantamentos deixam de fora os prejuízos indiretos, como perda de estoque e a manutenção das atividades nos dias em que os comércios não obtiveram receitas.
“Estamos falando apenas do potencial de perdas”, afirma Fábio Pina, assessor econômico da FecomercioSP.
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A concessionária responsável pela eletricidade da RMSP, porém, não tem uma data cravada para que todo o serviço seja restabelecido. Nesta sexta-feira (12), a companhia declarou que a retomada é “complexa”.
“Em algumas localidades, o restabelecimento é mais complexo, porque envolve a reconstrução da rede, com substituição de postes, transformadores e, por vezes, recondução de quilômetros de cabos”, explicou a Enel por meio de nota.
“O evento climático causou danos severos à infraestrutura elétrica, afetando o fornecimento em diversas regiões. Para acelerar a recomposição do sistema, a distribuidora tem mobilizado cerca de 1.600 equipes em campo ao longo do dia”, informou a Enel.
Na quinta-feira (11), um funcionário terceirizado da companhia foi preso depois de pedir uma propina de R$ 2,5 mil para religar energia na Vila Mariana, bairro paulistano. Em mensagens obtidas pela imprensa, é possível ver que ele pedia comprovante de transferência para ir ao local e realigar o serviço.
Em um dos casos investigados pela Polícia Civil, ele teria realizado o serviço em apenas 15 segundos depois do pagamento. O subprefeito da Vila Mariana, Rafael Minatogawa, se passou por um empresário da região e chamou a polícia para dar voz de prisão ao agora detido.
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) destacou que o funcionário será investigado por corrupção passiva. O caso foi enviado para o 16º DP da capital, onde foi lavrado o boletim de ocorrência de prisão em flagrante.
Consumidores de SP pagarão dois custos adicionais para usar energia elétrica no mês de julho.
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