Anbima: Volume administrado pelas gestoras de patrimônio cresce 7,5%

Em 2023, o volume total gerido pelas empresas chegou a R$ 457,4.

Author
Publicado em 14/03/2024 às 21:40h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 14/03/2024 às 21:40h Atualizado 1 mês atrás por Jennifer Neves
Foto - Shutterstock

💸 As empresas de gestão de patrimônio reportaram um volume total sob custódia de R$ 457,4 bilhões, com um aumento de 7,5% no último mês do ano passado, em comparação com dezembro de 2022. Os dados foram divulgados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), nesta quinta-feira (14).

O crescimento observado no ano passado foi impulsionado por uma movimentação atípica, especialmente concentrada em fundos de ações, totalizando R$ 24 bilhões. No entanto, os detalhes específicos dessa movimentação não foram fornecidos pela Anbima. Caso essa movimentação não tivesse ocorrido, o aumento no volume gerido teria sido de apenas 1,8%.

A distribuição geográfica do patrimônio permaneceu estável em relação ao ano anterior, com quase 80% do volume total gerido concentrado na região Sudeste. São Paulo, individualmente, detém 58,4% do total de R$ 475,4 bilhões. Em seguida, vem a região Sul (11,5%), o Nordeste (8,0%), o Centro-Oeste (1,1%) e o Norte (0,3%).

Análise por classe de ativos revela que, devido à movimentação atípica mencionada anteriormente, houve um crescimento de 13,9% na participação do volume gerido em renda variável, totalizando R$ 12,85 milhões.

Por outro lado, os fundos multimercados encerraram 2023 com um montante de R$ 96,4 bilhões, indicando uma queda de 5,1% em relação a dezembro de 2022.

Entretanto, os FIPs (Fundos de Investimento Participação), apresentaram alta de 17,9%, atingindo R$ 27,3 bilhões. Os fundos imobiliários alcançaram R$ 16,3 bilhões, com registro de avanço de 22,8%, enquanto os ETFs avançaram 111,3%, totalizando R$ 2,8 bilhões.

Já os investimentos em renda fixa aumentaram em 8%, com total de R$ 173,6 bilhões, com destaque aos produtos isentos de Imposto de Renda, com as debêntures incentivadas, que tiveram alta de 78,5%, atingindo R$ 8,8 bilhões.

As LCAs ( Letras de Crédito do Agronegócio) alcançaram aumento de 18,4%, com R$ 7,7 bilhões, e as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) cresceram 90,8%, atingindo R$ 7,5 bilhões.

Além disso, os CRIs ( Créditos de Recebíveis Imobiliários) registraram um aumento de 28,5%, alcançando R$ 6,7 bilhões, enquanto as LIGs (Letras Imobiliárias Garantidas) cresceram 26,2%, totalizando R$ 3,7 bilhões. O crescimento dos CRAs (Créditos de Recebíveis do Agronegócio) foi mais moderado, com 2%, totalizando R$ 5 bilhões.

Os CDBs (Créditos de Depósitos Bancários) também tiveram um aumento de 15,2%, totalizando R$ 8,5 bilhões. As letras financeiras cresceram 23%, alcançando R$ 7,4 bilhões, enquanto os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), que fecharam 2023 com um crescimento de 18,7%, totalizaram R$ 22,8 bilhões.