Americanas (AMER3): Justiça dá prazo para "lesados" entrarem em ação sobre fraude
Ação do Ibraci cobra o pagamento de indenização pelos danos causados por fraude contábil.
A Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou a reestruturação acionária prevista no plano de recuperação judicial da Americanas (AMER3).
⚖️ A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (8) e não aponta nenhuma restrição ao aumento do capital social da varejista, por meio da subscrição privada de novas ações ordinárias.
O plano de recuperação judicial da Americanas prevê uma capitalização de até R$ 40,7 bilhões na companhia. Só os acionistas de referência da companhia (o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles) devem entrar com R$ 12 bilhões. Por isso, o trio passará a deter mais de 49% da varejista.
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Os bancos credores também devem ficar com mais de 40% da Americanas, por meio da conversão de parte das dívidas em ações. Por isso, a participação dos acionistas minoritários pode cair para 2,5%.
A operação foi aprovada pelos acionistas da empresa em assembleia realizada em 21 de maio e, agora, recebeu o aval do Cade.
A decisão da Superintendência-Geral, no entanto, ainda pode ser questionada pelo Tribunal do Cade nos próximos 15 dias. Logo, só será definitiva a partir de 23 de julho, caso não haja questionamentos do Tribunal.
Ação do Ibraci cobra o pagamento de indenização pelos danos causados por fraude contábil.
Entre os denunciados, destacam-se o ex-presidente executivo da empresa e a ex-presidente executiva da B2W.