AgroGalaxy (AGXY3) tem prejuízo de R$ 153 milhões no 1T25

Em recuperação judicial, companhia teve um faturamento 78,6% menor no período.

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Publicado em 10/06/2025 às 10:33h - Atualizado 5 dias atrás Publicado em 10/06/2025 às 10:33h Atualizado 5 dias atrás por Marina Barbosa
AgroGalaxy trabalha com insumos agrícolas (Imagem: Shutterstock)

Em recuperação judicial, a AgroGalaxy (AGXY3) registrou um prejuízo ajustado de R$ 153 milhões no primeiro trimestre de 2025.

💲 O resultado reflete a baixa dos resultados operacionais da empresa. Contudo, é ligeiramente melhor do que o observado nos últimos trimestres.

No mesmo período de 2024, por exemplo, a AgroGalaxy teve um prejuízo de R$ 250 milhões, 38,8% maior.

"Seguimos firmes em nossa estratégia de realocação de esforços, com menor participação do segmento de fertilizantes e maior foco em linhas de produtos com melhor rentabilidade e maior valor agregado", comentou o presidente da empresa, Eron Martins.

O executivo ainda destacou o "esforço consistente de racionalização de despesas" implementado em maio à recuperação judicial, dizendo que os resultados iniciais desse trabalho já são visíveis nos dados do primeiro trimestre de 2025.

Balanço

📉 Adiado duas vezes, o balanço da AgroGalaxy foi divulgado nessa segunda-feira (9) e mostra que o faturamento da companhia diminuiu 78,6% em um ano.

A receita líquida somou R$ 341 milhões no primeiro trimestre de 2025, contra o R$ 1,5 bilhão registrado no mesmo período de 2024.

O baque reflete a participação limitada da companhia na safrinha deste ano, com uma redução dos volumes comercializados de sementes e fertilizantes.

A AgroGalaxy, por outro lado, conseguiu reduzir em 64,7% as despesas com vendas, administrativas e gerais, por meio do corte de despesas fixas e também por causa de menores despesas de vendas. A cifra ficou, então, em R$ 54,3 milhões.

📊 Com isso, o Ebitda foi negativo em R$ 58,8 milhões. O resultado é ligeiramente melhor que o do mesmo período do ano passado, quando o Ebitda foi negativo em R$ 70 milhões.

Já a margem bruta ajustada teve uma leve alta, passando de 7,8% no primeiro trimestre de 2024 para 8,2% no mesmo período de 2025, devido sobretudo a uma maior eficiência na gestão de estoques.

"Esse desempenho reforça nosso compromisso com a disciplina comercial e com a preservação da rentabilidade", comentou Eron Martins.