Ações da Puma caem 16% após empresa prever prejuízo e admitir má fase

As ações da Puma despencaramm após empresa prever prejuízo e o novo CEO anunciar reestruturação para 2025.

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Publicado em 25/07/2025 às 14:19h - Atualizado 16 horas atrás Publicado em 25/07/2025 às 14:19h Atualizado 16 horas atrás por Matheus Silva
A companhia de artigos esportivos enfrenta desafios para conquistar os consumidores (Imagem: Shutterstock)

🚨 As ações da Puma operam em forte queda nesta sexta-feira (25), acumulando um recuo de 16% após a companhia alemã anunciar que espera encerrar o ano com prejuízo, pressionada pela desaceleração nas vendas e pelos efeitos negativos das tarifas comerciais dos Estados Unidos.

A companhia de artigos esportivos enfrenta desafios para conquistar os consumidores, especialmente com o desempenho abaixo do esperado no relançamento de modelos retrô como o Speedcat.

A estratégia, que visava recuperar o apelo da marca junto ao público jovem, não teve a tração desejada.

CEO admite erro de rota e promete redefinir estratégia

O novo presidente-executivo da Puma, Arthur Hoeld, que assumiu oficialmente o comando no dia 1º de julho, reconheceu que a empresa precisa "corrigir o curso".

Em teleconferência com jornalistas, Hoeld foi direto: “Este ano, 2025, será um ano de reinicialização para a Puma e 2026 será um ano de transição para nós”.

Nomeado em abril, o executivo — ex-líder de vendas da Adidas — destacou que a marca passa por um processo interno de reavaliação. “Nós, como empresa, precisamos dar uma boa olhada em nós mesmos”, afirmou.

Segundo ele, a Puma possui grande potencial ainda não explorado, mas exige uma "redefinição" e um plano sólido para o futuro.

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Entre as medidas em estudo estão a revisão do plano de crescimento e o reforço na qualidade da distribuição no atacado. Hoeld também anunciou que um novo roteiro estratégico será apresentado até o fim de outubro.

Para analistas do mercado, como Piral Dadhania, do RBC, a situação é crítica: “A Puma está enfrentando uma crise de identidade existencial em termos de relevância em um setor de artigos esportivos que está mais competitivo, e em um momento em que a Nike, a maior empresa do setor, está fazendo seu retorno”.

📊 O mercado reagiu com pessimismo ao cenário traçado pela companhia, refletindo a preocupação com a capacidade de resposta da Puma em meio à concorrência acirrada e à pressão externa por margens mais apertadas.