7 bancos centrais pelo mundo se unem para testar criptografia na gestão monetária

Entidades da Ásia, Europa e América formaram bloco para discutir tecnologia

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Publicado em 03/04/2024 às 17:12h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 03/04/2024 às 17:12h Atualizado 1 mês atrás por Wesley Santana
Sede do Banco de Compensações Internacionais em Basiléia, na Suíça. Foto: Shutterstock

🌎 Sete dos maiores bancos centrais pelo mundo se uniram para uma experiência com a criptografia.

O projeto Ágora, liderado pelo BIS (Banco de Compensações Internacionais), autoridade monetária em nível global, reúne as entidades monetárias para criar uma plataforma para pagamentos transfronteiriços. A ideia é testar como a tokenização pode contribuir para a centralização financeira.

Participam do programa os Bancos Centrais da França (representando toda a União Europeia), Japão, Coreia do Sul, México, Suíça, Inglaterra e dos Estados Unidos.

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O BIS entende que o uso de contratos inteligentes e programação pode permitir novas formas de liquidação de recursos, sem deixar de lado a segurança de duas camadas. Os bancos centrais vão trabalhar também em parceria com instituições financeiras privadas de seus respectivos países.

“Esta importante parceria público-privada procurará superar várias ineficiências estruturais na forma como os pagamentos acontecem hoje, especialmente além-fronteiras, que adicionam uma camada de desafios: diferentes requisitos legais, regulamentares e técnicos, horários de funcionamento e fusos horários”, diz comunicado do órgão sediado na Suíça.

Ainda não há data para que o projeto divulgue seus resultados, nem está prevista a entrada de outros bancos centrais, como o brasileiro. O BCB é sócio do BIS desde 1997, atuando com representante em vários Comitês.

Proposta BIS Inovation

💡 O BIS tem atuado ativamente na busca por soluções tecnologias para as demandas monetárias dos países. Para isso, no ano passado, criou o Innovation Hub, que é um laboratório experimental que visa formar produtos para os bancos centrais associados.

No escopo do laboratório está a construção de programas que foquem na segurança e proteção das transações, que contribuam para as finanças verdes e criem infraestrutura financeiras da próxima geração. Ao todo, oito programas estão em andamento, sendo que outros 12 já foram concluídos em 2023.

“A tokenização é uma área importante onde já lançamos um projeto e estamos planejando mais iniciativas. A segurança é outra área crucial. Temos de encontrar formas de melhorar a eficiência de serviços como os pagamentos, sem nunca comprometer a segurança, seguindo o princípio estabelecido pelos países do G20”, diz Cecilia Skingsley, chefe do BIS Innovation Hub.

Uma das soluções criadas pelo órgão foi o Projeto Simbiose, executado com o Banco Central de Hong Kong, que usa inteligência artificial e análise de dados para divulgar e adaptar a cadeia de suprimentos. A iniciativa também contou com a participação de entidades privadas que criaram metodologias para apoiar as inserções feitas por pequenas e médias empresas do país asiático.