Nova fala de Flávio Bolsonaro derruba Ibovespa e faz dólar flertar com R$ 5,50

O IFIX, índice de fundos imobiliários, também perdia 0,11%, aos 3.673,46 mil pontos.

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Publicado em 09/12/2025 às 11:17h - Atualizado 7 minutos atrás Publicado em 09/12/2025 às 11:17h Atualizado 7 minutos atrás por Elanny Vlaxio
O Tesouro Direto também sofreu nova interrupção nas negociações (Imagem: Shutterstock)
O Tesouro Direto também sofreu nova interrupção nas negociações (Imagem: Shutterstock)
O Ibovespa (IBOV) até tentou dar um suspiro, fechando nos 158 mil pontos na véspera, mas durou pouco. A nova fala do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) derrubou o índice mais de 1% nesta terça-feira (9) e ainda empurrou o dólar para perto dos R$ 5,50 logo no começo do dia.
📉 Às 11h50, horário de Brasília, o Ibovespa recuava 1,30%, aos 156.128,94 mil pontos. Por aqui, o IFIX, índice de fundos imobiliários, também perdia 0,11%, aos 3.673,46 mil pontos. Além disso, o Tesouro Direto entrou em “modo turbulência” nesta terça-feira (9). 
Diante da forte oscilação das taxas, pressionadas pelas especulações eleitorais de 2026, o sistema foi mais uma vez suspenso. Quando retornou, as taxas tinham disparado de forma coordenada, levando o Tesouro IPCA+ de curto prazo novamente ao juro real de 8% ao ano.
Na outra ponta, o cenário das criptomoedas é inverso já que o Bitcoin (BTC) ganhava 0,18% e o Ethereum (ETH) avançava 0,25%, no mesmo horário. Lá fora, o cenário é misto, com:

O que mexe com o mercado

O dia abriu com o foco dividido entre o futuro dos juros no Brasil e nos EUA. Com poucos indicadores no radar doméstico, o mercado local continua reagindo ao noticiário eleitoral. Já nos EUA, às vésperas da decisão do Fed, a aposta segue em um corte de 0,25 ponto.
"É o chamado hawkish cut: o Fed corta para não travar a atividade, mas sinaliza que não está disposto a estender demais esse ciclo enquanto a inflação segue acima da meta e os dados (prejudicados pelo shutdown) não oferecem segurança", diz José Aureo, economista e assessor da Blue3 Investimentos.
👀 Por aqui, o Copom chega sem surpresas, tudo indica que a Selic continuará firme nos 15% ao ano. "A mensagem deve ser de continuidade: juros altos por mais tempo, com qualquer discussão de corte ficando mais para frente, em 2026, num processo muito gradual", acrescentou o analista.
Além disso, o clima eleitoral continua quente, já que Flávio Bolsonaro reiterou que seguirá candidato à Presidência e descartou entregar sua vaga a Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele afirmou que a candidatura dele é "irreversível" e que não pretende voltar atrás na decisão. 

Veja também as maiores altas do Ibovespa

  • USIM5: +2,98% — R$ 5,87;
  • CVCB3: +2,11% — R$ 1,94;
  • KLBN11: +1,82% — R$ 19,04;
  • SUZB3: +1,77% — R$ 51,28;
  • EMBJ3: +1,71% — R$ 87,61.

E as maiores baixas

  • LREN3: -3,93% — R$ 13,68;
  • MGLU3: -3,51% — R$ 10,17;
  • RAIZ4: -3,45% — R$ 0,84;
  • VAMO3: -3,33% — R$ 3,77;
  • FLRY3: -3,03% — R$ 14,06.