As ações da fabricante europeia de aeronaves Airbus chegaram a despencar -11% na Bolsa de Valores de Paris nesta segunda-feira (1º), ao tocarem mínima de € 182,38 cada, por conta de falha grave de software que precisa de correção em quase 6 mil aviões do modelo A320.
O recall foi revelado ainda no final de novembro de 2025, com a corporação europeia prestando conta de que já havia feito as modificações necessárias na maioria das aeronaves. Todavia, os papéis da Airbus seguiram em forte baixa no primeiro pregão de dezembro.
Conforme comunicado da Airbus, sua equipe trabalha em conjunto com as companhias aéreas que arrendaram seus aviões do modelo A320 para garantir a conclusão do recall em cerca de 100 aviões restantes, que podem apresentar a falha grave no software.
Uma reportagem do The Wall Street Journal dá conta de que 85% das aeronaves da Airbus afetadas pelo problema técnico requerem apenas uma simples atualização de software, ao passo que outras 900 aeronaves com mais tempo de uso necessitam de reparos de hardware.
O risco identificado que se corre com os aviões do modelo A320 é que a radiação solar intensa pode corromper dados críticos para o funcionamento dos controles de voo.
No caso, a companhia aérea que conta com a maior frota de aviões da Airbus modelo A320 é a American
Airlines (AAL), cujas ações operavam em ligeira queda de -0,11% nesta segunda-feira, embora tenham recuado -3,14% logo após a abertura do mercado, na Bolsa de Valores de Nova York.
Tamanha falha de software foi descoberta após uma investigação sobre um incidente ocorrido em outubro de 2025, envolvendo um A320 operado pela
JetBlue (JBLU), em voo de Cancún, no México, para Newark, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. O avião foi forçado a fazer um pouso de emergência na Flórida após um problema no controle de voo causar uma queda súbita de altitude.